Igreja: obra dos dedos de Jesus!

Tudo é sobre ele e dele para nós e por nós!

Uma imagem magnífica sobre igreja, encontramos na obra de Lucas Cranach, o Velho, que fez uma pintura: de um lado, Lutero pregando no púlpito com os dedos de uma mão sobre a Bíblia e o dedo de outra mão apontando para o Cristo, Crucificado ao centro do quadro e o povo de Deus reunido ao outro lado!

Dedos: na Bíblia e na história da igreja, aparecem e são essenciais para falar sobre eclesiologia!

João 1: o dedo de João Batista não aponta para ele, mas para O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!

Os dedos de Jesus, ensanguentados na cruz, é o amor do Noivo pela Sua Igreja!

Os dedos cheios de tinta do apóstolo Paulo, ao escrever a Carta a Igreja de Colossos! Onde ele faz questão de deixar registrado:

Cl 1.15: “Ele que é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação”

Cl 1. 17: Ele é ”antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste”

Cl 1.18: “Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja”

Os dedos do apóstolo Paulo fazem questão de deixar isso claro para os Colossenses, ao povo da IELB e ao povo de Deus:

1. Que conheçamos a centralidade e supremacia de Jesus Cristo, o Senhor da Igreja. E como pregadores da Igreja Dele, apontar os dedos e pregar sobre Ele!

2. ⁠Conhecer Cristo é a chave para saber como as coisas começaram, como as coisas são e como terminarão! Ele é o Senhor da Igreja, ontem, hoje e sempre!

3. ⁠seu desejo é que tenhamos fé, pois “Deus nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho Amado” (Cl 1. 13)

Por isso, os dedos do professor David Scaer escrevem: “A Cristologia determina a Eclesiologia”.

Os dedos dos confessores mostram que a Igreja é Cristo manifestando seu CORPO através daquilo que lemos no Artigo VII da Confissão de Augsburgo: “Da assembleia de todos os crentes, entre os quais o evangelho é pregado puramente e os santos sacramentos são administrados de acordo com esse evangelho”.

Isso nos leva a juntar os nossos dedos e orar com aqueles que usaram seus dedos para escrever e traduzir hinos, especialmente a súplica do hino 296, estrofe 3 do Hinário Luterano: “Impede, ó Deus, que as mentes más, que servas são de satanás, o ensino possam corromper e Tua Igreja subverter”.

Quando nossos dedos e mentes pecadores quiserem a Igreja subverter: vamos retornar a Cl 1.18 e também podemos ler o que os dedos do Reformador Martinho Lutero deixaram para as gerações: “Na verdade, não somos realmente nós aqueles que estariam em condições de sustentar e dar continuidade à Igreja. Também os nossos antepassados não o foram. Os nossos descendentes também não o serão; mas o foi, ainda o é e ainda o será, a saber, Aquele que diz: ‘Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do mundo’ (Mt 28.20)”.

(Martin Luther, WA 50. 476, 31-35)

Lembro ainda das palavras do Bispo da SELK: “Não que o pastor diga: Oh que grande e bela congregação!

Não que a congregação diga: Oh que grande e belo pastor!

Mas que congregação e pastor digam em conjunto: Oh que grande e belo Redentor e Salvador!”.

Igreja: Obra dos dedos de Jesus! Tudo é sobre ele e dele para nós e por nós!

*Reflexão apresentada pelo pastor Leandro Born, no Concílio Nacional de Pastores da IELB, em 4 de setembro de 2024, em Bento Gonçalves, RS

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias Relacionadas

Ações de Graças em todo tempo

Célia Marize BündchenPresidente da Região Catarinense “Graças dou por esta vida.” Assim inicia um belo hino que certamente todos nós gostamos de...

Veja também

Ações de Graças em todo tempo

Célia Marize BündchenPresidente da Região Catarinense “Graças dou por esta...

No coração, a guerra. Na Bíblia, a paz

Assista à reflexão do pastor Paulo Teixeira, secretário de Relações Institucionais da SBB, baseado em 2Co 5.18

Aos aflitos

Ao corpo de Cristo pertencem pessoas que se lembram de nós que se aproximam de nós com afeto. A presença do Criador em suas criaturas afasta o medo. João nos garante que podemos caminhar com absoluta confiança, mesmo em época de crise.