Como vejo o ensino confirmatório?

“Ensinar é fazer com que todos, desde a infância, estudem, pensem e escrevam aquilo que ouvem e leem nas Escrituras Sagradas, que podem dar a sabedoria que leva à salvação por meio da fé em Cristo Jesus.” – A partir das palavras do pastor Elmar Regauer, registradas no ML de junho de 2013, afirmo que – sim, é um privilégio ser pastor e poder Ensinar”. É um privilégio que dentre tantas atribuições, uma seja o Ensino Confirmatório!

O Ensino Confirmatório não é um período que exige apenas um começo e/ou uma “formatura”, e, sim, uma fase importantíssima no processo educacional cristão, iniciado no batismo e acabado com a morte, ou seja, é para toda a vida.

No entanto, o que se vem constatando é que em muitos lugares este ensino está desgastado, um tanto desprestigiado; tanto é que muitos já não gostam de memorizar os livros da Bíblia, as principais partes do Catecismo, a história da igreja, a liturgia, os hinos, aliás, bem diferente do que estávamos acostumados; e fazer o teste, nem pensar. Para a geração atual, isso é coisa do passado!

Mas gostaria de compartilhar com vocês o que meus parceiros nas aulas de ensino confirmatório dizem a respeito desse passo tão significativo em nossas vidas. Ilário Nagel diz “gosto muito de ajudar, e a verdadeira sabedoria, em sua plenitude, está em conhecer e viver a Palavra de Deus; e esta verdade molda nossa vida intelectual, também na ética, orientando nossa vida na prática”.

Já Ivone Schmitz comenta que “é um trabalho desafiador, mas também é um aprender junto”. Lamenta apenas o pouco apoio dos pais neste período tão decisivo, inclusive frustrando os resultados, e faz um apelo para que isso possa mudar!

Valmi Reschke afirma que “os pré-adolescentes são dotados de grande energia e criatividade, e estão sempre dispostos nos debates, relacionando os temas à vida prática, fortalecendo a fé implantada no batismo. E aí precisamos ser criativos, tornando a aula prazerosa, fugindo um pouco do habitual, podendo utilizar teatro, poesia, música, modelagem em argila, pintura, jogos, brincadeiras, gincanas, etc, tudo para tornar a aula atrativa. Oportunizando a expressão, o esclarecimento de dúvidas e o devido crescimento de todos, e, principalmente, fortalecendo a fé em Jesus. E pensando também em crianças e adolescentes com deficiência, a dica é sempre a mesma: oferecer o melhor acolhimento (diferente de pena), também conversar com os familiares sobre a melhor forma de aprendizagem, buscando dicas de especialistas, interagindo com a associação da área de deficiência ou até mesmo pedir ajuda do poder público. Cada pessoa tem uma forma diferente de aprender e requer materiais específicos que são possíveis de serem encontrados facilmente e gratuitos nos meios digitais. Se o acesso digital não for possível ou além dele, pode-se fazer sozinho, como por exemplo, uma ampliação de uma fonte visual, contraste de tela ou engrossamento de um lápis, fazendo, assim, todo o possível para que a Palavra de Deus seja de fato conhecida (Fp 2.10)”.

Enfim, queridos amigos! Vivemos dias de grandes desafios. Isso requer parceria, paciência, amor e dedicação. Essa parceria pode ser feita a várias mãos: começando nos lares, na escola e na igreja, sempre com a presença e o apoio real e total dos pais e, quando possível, também dos padrinhos e avós nessa missão. Não desperdicemos nenhuma oportunidade nessa caminhada tão importante de conhecer o Mestre Jesus, embasar a fé e nos preparar para sermos bênçãos e testemunhas ali onde ele nos colocar. Que Deus nos ajude nessa linda e nobre missão! A ele toda a glória!

Adalmir Wachholz

Comissão Nacional de Ensino Confirmatório

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