Igreja, Ministério, Chamado e Ordenação
Os cinco estudos reunidos nesta obra são resultado de pesquisas relacionadas com a teologia de Martinho Lutero e os escritos confessionais luteranos, assim como se encontram no Livro de Concórdia. A motivação para fazer deles um livro foi dada pelo momento atual do luteranismo brasileiro. Esse sofre de profundos déficits teológicos, que têm sua origem em uma eclesiologia mal digerida, que vem se expressando em confusões quanto ao sacramento do Batismo, à ação do Espírito Santo e ao ministério eclesiástico. A publicação dos cinco estudos quer ser entendida como reatualização da memória apostólica, como aquela que aconteceu no século XVI, e servir para estudo, reflexão e chamado para que se volte às raízes.
Autor: Martin N. Dreher
Dimensões: 16X23 cm
Páginas: 120
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Leia a Apresentação do livro Igreja, Ministério, Chamado e Ordenação
Os cinco estudos reunidos no presente volume são resultado de pesquisas relacionadas com a teologia de Martim Lutero e com os escritos confessionais luteranos, assim como se encontram reunidos no Livro de Concórdia. Três deles estão há muito esgotados e um deles só tem estado à disposição de público muito restrito. A motivação para fazer deles um livro foi dada pelo momento atual do luteranismo brasileiro. Ele sofre de profundos déficits teológicos que têm sua origem em eclesiologia mal digerida que vem se expressando em confusões relativamente ao Sacramento do Batismo, à ação do Espírito Santo e ao Ministério Eclesiástico. É verdade que essas confusões estão relacionadas ao momento histórico eclesiástico pelo qual passamos em toda a América Latina.
Em tempos pós-modernos, a comunitariedade deixa de existir e o indivíduo se encontra só, passando a ser incentivado a se entender por meio de exercícios de autoajuda. Como está só, mais e mais, vai sendo visto como “vítima” de entidades que o acossam e que o levam a cometer desatinos. Em decorrência, nada mais sabe a respeito de pecado, pois do “pecado” só sabe quem se descobre em pretensa autossuficiência diante de Deus e quem nesta autossuficiência se arvora em senhor sobre os que o cercam, pecando em relação a elas. Consequentemente, nada mais vai saber de graça, nem de perdão, pois só sabe viver a partir de si e do que consegue pagar, monetariamente, para se “libertar” das entidades que o acossam e, assim, obter “prosperidade”. Daí que Batismo, Igreja, Ministério, Chamado e Ordenação, além da Ordem Eclesiástica também deixam de ter significado ou são adaptados à lógica do “mercado” que gerencia a vida do pretensamente crente.
Na situação de profunda crise de valores que também afeta a Igreja, é fundamental a recorrência à Bíblia, única regra de fé e norma, para a vida cristã. Nessa recorrência, contudo, é indispensável que se saiba que seu estabelecimento no século II da era cristã se deu sob máxima, re-expressa por Lutero no século XVI: A Bíblia é uma manjedoura, na qual Cristo está deitado; se não o encontras só tens palha! Bíblia é, também, resultado da fixação da doutrina dos apóstolos em época de crise. É memória. A publicação dos estudos que seguem quer ser entendida como reatualização da memória apostólica, como a que aconteceu no século XVI, e servir para estudo, reflexão e chamado para que se volte às raízes.
São Leopoldo, no aniversário do reformador Martim Lutero, no ano da graça de 2010.
Martin N. Dreher