ANSIEDADE
KAPLAN & SADOCK, (Compêndio de Psiquiatria, p.630), apontam que nos Estados Unidos “os transtornos de ansiedade estão entre as condições psiquiátricas mais prevalentes na maioria das populações estudadas”. No Brasil não tem sido diferente. Esses transtornos produzem morbidade desordenada, busca por serviços de saúde e grande comprometimento do desempenho pessoal/familiar e profissional. Se não forem tratados adequadamente, evoluem para outras comorbidades. Mas há também ansiedades normais. Onde estaria o limiar entre as normais e as patológicas? Aí está algo sobre que podemos pensar juntos em novas oportunidades.
DEPRESSÃO
O Dicionário de Psicologia da APA (2010, p.266-267), traz o termo “disforia” – humor caracterizado por tristeza, independente de motivo específico, insatisfação e inquietude recorrente – para iniciar as definições dos vários transtornos depressivos (que são cerca de 40) e que podem variar de intensidade, desde uma oscilação no humor normal até um sentimento extremo de tristeza, pessimismo e desânimo. É preciso examinar isso de perto, buscar ajuda especializada, antes que o quadro se agrave e produza prejuízos difíceis de serem revertidos. Esse “mal dos séculos 20 e 21” encontra-se em franca ascensão e envolve todas as classes sociais. As igrejas cristãs não constituem exceção e, por isso mesmo, precisam incluir em suas atividades espirituais programas constantes de vigilância da saúde biofísica-psíquica. E quando percebido que algo não está bem com alguém, recomendar a busca de ajuda.
IDEAÇÃO SUICIDA
Ainda segundo o Dicionário de Psicologia (2010, p.492), a ideação suicida constitui-se de pensamentos recorrentes com o tema do suicídio, geralmente como um sintoma do TDM – Transtorno Depressivo Maior. A maioria dos casos de ideação não progride para uma tentativa real de suicídio. Nem por isso deve ser menosprezada como de somenos importância. Os casos de suicídio consumado sobem hoje para além de 800 mil por ano no mundo, com um aumento de cerca de 10% durante e após os picos da pandemia. Como prevenir, tratar, encaminhar casos conhecidos ou suspeitos? Antes de tudo, estar atento às mudanças de comportamento, frases de autodepreciação, perda de interesse por praticamente tudo aquilo que antes interessava, isolamento, além de estresses pós-traumáticos (acidente, doenças, perdas, luto). Se nossa vida é dirigida pelos nossos pensamentos, precisamos aprender a exercer controle sobre eles. A terapia psicológica (PSI) precisa definitivamente entrar no nosso rol de saúde, tanto na forma preventiva como também na curativa.
Vilson Regina
Pastor e Psicólogo
Porto Alegre, RS