Cobrir-se até às orelhas com a graça de Deus

Para termos boa saúde física e mental são necessárias boas noites de sono. As noites frias de outono pelo sul do Brasil já anunciam a chegada de mais um inverno, onde dormir debaixo de cobertas quentinhas são reconfortantes. Como estão as nossas noites de sono? Estão tranquilas ou repletas de insônias?

O Instituto do Sono realizou, ano passado, uma pesquisa com 1.600 brasileiros para descobrir como a pandemia afetou nossas noites de sono. Em torno de 55% dos entrevistados responderam que o isolamento social alterou sua rotina na hora de dormir. Os relatos são de dificuldades para adormecer, de dormir cada vez mais tarde, de acordar várias vezes durante a madrugada e de uma crescente considerável de sonhos ruins e pesadelos. De acordo com a pesquisa, os principais vilões das noites de descanso são as preocupações com a situação da pandemia, utilizar aparelhos eletrônicos em excesso e o fato de permanecer mais tempo em casa.

Nos desconectar das tecnologias, horas antes de ir para a cama, e nos habituar a uma nova rotina, parece ser relativamente mais fácil do que lidar com nossas ansiedades e preocupações. Nossas inquietações, culpas e sofrimentos nos acompanham em nosso travesseiro. E, como revelou a pesquisa, não raras vezes nos roubam as preciosas noites de sono e descanso.

O povo de Deus também pode enfrentar dificuldades para dormir. E isso não se restringe apenas aos tempos de pandemia. Ao final de cada dia podemos nos tornar reféns de nossas culpas, que podem nos torturar com uma noite em claro. No travesseiro, ao invés de dormirmos, podem surgir silenciosas lágrimas de revoltas, dúvidas, sofrimentos e lutos. Em nosso quarto, ao invés de termos uma confortadora noite de descanso junto às pessoas que mais amamos, podemos passar a noite em claro sentindo a dor do silêncio e do vazio de quem já partiu.

Não por acaso, um dos conselhos dos especialistas do sono é para termos, junto com atividades físicas e boa alimentação, um momento de meditação antes de dormir. E é aí que nós, cristãos, temos doses generosas de paz e sossego ao meditarmos na Palavra do Senhor, que não por acaso, muitas vezes, está bem à cabeceira da cama.

O salmo 4, por exemplo, é um bálsamo que acalma o coração ao nos dizer: “Quando me deito, durmo em paz, pois só tu, ó SENHOR, me fazes viver em segurança”. E como não acalmar o coração sabendo o que nos diz o salmo 121: “O protetor do povo de Israel nunca dorme, nem cochila”?

Mesmo que culpas, inquietações e ansiedades venham nos roubar o sono, também na hora de dormir precisamos nos cobrir com a graça de Deus. Nela, somos revestidos com o perdão de Jesus. Nela, as inquietações e ansiedades não se desligam imediatamente, mas sabemos que todas elas estão nas mãos do Senhor. Debaixo da confortável coberta da graça de Deus, podemos dormir sabendo que, ao fecharmos nossos olhos, tudo continuará sob o olhar atento e amoroso do Senhor, aquele que não dorme e nem cochila: as preocupações com o dia de amanhã, os filhos, o trabalho, a lida do campo, a saudade e tudo o mais que é importante em nossas vidas.

Tenhamos em nossa cama esta confortadora coberta para nossas noites de sono: a graça de Deus. E quando culpas e ansiedades tirarem nosso sono, nos cubramos até às orelhas, nos acalmando com o amor do Senhor.

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