SALMO DE PEREGRINAÇÃO
(Salmo 126 – NAA)
Este
salmo foi escrito após o cativeiro babilônico. Fazia parte da história do povo
de Israel e era cantado durante a peregrinação a Jerusalém. A temática e a
importância desse salmo, na história do povo de Deus, refletem o sofrimento, as
dores, as decepções, as provações que o povo de Deus vivenciou na sua história,
bem como também retrata o triunfo, a conquista, o cumprimento das promessas de
Deus, a sua fidelidade, enfim, o agir de Deus em favor do seu povo ao derrotar
os babilônios e libertá-lo do cativeiro.
Diante
do que Deus havia realizado, o salmista exclama: “Grandes coisas o Senhor fez por
nós; por isso, estamos alegres”. Da mesma forma, Deus tem feito muitas coisas
na nossa vida, na vida das nossas famílias, na vida dos nossos amigos, no nosso
trabalho. Deus sempre fez, faz e fará grandes coisas por nós. Ele nos salvou, esta
foi a maior de todas as grandes coisas que Deus fez por nós. O seu amor e
cuidado estiveram em todas as situações dramáticas da nossa vida. Algumas nos tiraram
noites de sono e, muitas vezes, nos deixaram sem esperança para continuar com
nossos sonhos e projetos, sem esperança no casamento em crise, nas crises
financeiras sem fim, nas crises de saúde – mas o Senhor nos resgatou de todas
elas. Temos um Deus maravilhoso, que não mede esforços para nos ajudar. Que
coisas você gostaria que Deus fizesse por você? Quais são as coisas grandiosas
que Deus tem realizado em sua vida?
“Restaura,
SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes do Neguebe” (v.4). Este foi o pedido
do povo. É uma súplica para que Deus lhe torne a dar uma nova perspectiva de
vida. A vida do povo estava árida como o deserto do Neguebe. Também suplicamos
ao Senhor: “Restaura-nos!”, pois passamos por tribulações em algum momento de
nossa vida. Temos problemas dos mais diversos, lutamos contra adversidades,
somos provados e experimentados. Por isso, em meio às tribulações, devemos
buscar a restauração da nossa sorte no Senhor, lembrando que o Deus que nos
salvou é poderoso para mudar qualquer situação da nossa vida, mas, isso, no seu
devido tempo.
O
povo sabe que a restauração virá, mas no tempo de Deus. Será longa e árdua: Os
que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão (v.5). Quem sai andando e chorando
enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes (v.6). Semear com
lágrimas é semear sem ver a colheita. Não há como semear, senão com lágrimas,
porque a semeadura precede a colheita. Por isso, o povo, ao sair a semear, vai
se defrontar com muitos fatores desconhecidos, o que poderá levá-lo às
lágrimas. Por vezes, o plantio vai exigir esforço e determinação. Mas há
esperança de uma abundante colheita. A bênção é prometida para os
trabalhadores.
É
tempo de semear. Somos semeadores. Temos a boa semente, que é a Palavra. E o
campo já está preparado para recebê-la. Lancemos essa semente nos corações e
preparemo-nos para uma colheita abundante e jubilosa! Mas não nos esqueçamos de
que o nosso semear também é feito de lágrimas, frustrações, derrotas. Não
sabemos se vamos colher. Mas cremos nas promessas de Deus, que diz: os que
semeiam em lágrimas ceifarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente,
andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus feixes.
Então, podemos afirmar: De fato, grandes coisas o Senhor fez por nós; por isso,
estamos alegres!
Pastor Alcemar Cabreira
Teixeira de Freitas, BA