Todos os caminhos levam a Roma. Eis aí uma expressão já surrada e antiga. Dá-nos a ideia de que todas as alternativas levam ao mesmo lugar, ao mesmo resultado.
Não por acaso. Nos tempos áureos do Império Romano, supõe-se que havia cerca de 80 mil quilômetros de estradas. Eram frutos de engenharia avançada para a época. Serviam como meios pelos quais os mensageiros levavam ordens e decretos a todas as partes do Império.
Assim, todos aqueles caminhos realmente levavam a Roma.
Todos os caminhos levam a Roma. Todos os caminhos levam a Deus. Expressões parecidas, não é mesmo?
Refletem uma forma de se pensar Deus de uma forma genérica, ampla, geral. Todas as religiões levam a Deus. Toda forma de caridade e amor levam a alguma divindade. Toda prática do bem leva ao encontro de um ser superior.
Ah, e nesta forma de pensar, esta divindade pode até ser formatada de acordo com minhas convicções, gostos e amores. Bem ao estilo da sociedade líquida e pós-moderna.
Enquanto a cultura popular vê que todos os caminhos levam a Deus, há alguém que se identifica como único caminho. Fora do qual, não há salvação. Jesus nos diz em João 14.6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim”.
Esta exclusividade choca. Não há outros meios. Não há outros caminhos. Apenas Jesus é fonte de perdão e salvação.
Com Jesus, estamos no caminho que nos dá vida eterna. Sem Jesus, estamos perdidos pelas estradas da vida em busca de algo que nunca iremos encontrar.
Ainda há tempo de mudar. Arrependa-se dos seus pecados. Creia em Jesus. Sob a óptica da fé crista, o amor, as boas ações e a empatia não são caminhos que levam à salvação. São frutos da fé em Jesus, o caminho que já me coloca, aqui e agora, para dentro do Reino de Deus.
Então fica a dica: em uma sociedade tão pluralista, falar que há um só caminho para o Pai pode trazer desconfortos.
Porém, é melhor estar na vida eterna por crer na exclusividade de Jesus como fonte de salvação do que estar no inferno por ter crido que todos os caminhos levam a Deus.