O ambientalista

Antigas profissões foram extintas, e outras estão em vias de extinção. A indústria, as fábricas modernas e a tecnologia criaram novas profissões e vêm transformando o meio ambiente. Profissões como a de gestor ambiental e dezenas de outras, estão ligadas ao Meio Ambiente. “O fio vermelho” em todas estas profissões é a figura do ambientalista: o responsável pela conservação do meio ambiente e das condições de vida no planeta.

E nós, pessoalmente, temos responsabilidades com o meio ambiente? A Constituição Brasileira, no seu artigo 225, diz que o Poder Público e a coletividade – o povo –, têm o dever de defender o meio ambiente e preservá-lo para a geração atual e as futuras gerações. Isso implica compromisso ético de cada ser humano para com o meio ambiente. O planeta está ficando “apertado”, a população mundial cresceu para 8 bilhões. O cuidado com o meio ambiente é defendido como uma vocação ambientalista.

A vocação pode significar diferentes coisas, conforme Gustav Wingren (WINGREN, Gustav. A Vocação segundo Lutero, p.17). Todas as pessoas são chamadas para serem filhos de Deus pela pregação do evangelho. Significa também o trabalho que toda pessoa faz: agricultor, artesão, etc. (Idem).

Adão e Eva tinham a responsabilidade de cultivar e cuidar do Éden (Gn 2.16). A arca de Noé e família foi um navio ecológico”, idealizado por Deus (Gn 7) em defesa da humanidade, que seria restaurada com animais e toda carne em que havia fôlego de vida. Deus livrou a primeira criação da total extinção porque ele ama o que criou. Aponta para o horizonte ainda distante: Jesus Cristo!

Deus prometeu a Noé que haveria colheitas e as estações do ano enquanto durasse a humanidade pós-diluviana (Gn 9.20). A terra deve ser usada em benefício do homem com racionalidade e responsabilidade. O cristão glorifica a Deus e serve ao próximo (cfe.BRAKEMEIER, Gottfried. Vocação e Profissão, p.15). Aqui entra a nossa vocação geral, entre outras, o cuidado com o meio ambiente. O Dia Mundial da Água, em 22 de março, e do Meio Ambiente, em 5 de junho, lembram: a humanidade não está isenta de responsabilidades com o meio ambiente.

Mas o meio ambiente sofre agressões. A criação sofre e geme (Rm 8) com as ações predatórias do ser humano, a extinção de animais, florestas, rios, recursos da natureza, desperdício, ilhas de lixo nos oceanos. A causa de tudo isso é a insaciabilidade do ser humano, “quanto mais tem, mais quer!”. O dito popular é verdade: “Um dia, a conta chega!”. Ela chegou sob a forma das alterações climáticas; chegou, sob a forma de omissões nas políticas econômicas, ambientais, sanitárias; na impunidade e, a mais triste: “a expulsão de Deus do mundo”. Se os cristãos se omitirem na sua vocação de ser a luz do mundo correm o perigo de corroborar com a obstinação e a incredulidade. Ex.: II Reis 17.14.

Efésios 2 é o horizonte que chegou em Cristo: […] pela graça, sois salvos, mediante a fé […]” (v.8). Enquanto vivemos o “aqui e o agora”, somos ensinados a manter procedimento exemplar, lutando pelo bem comum, vivendo como servos de Deus, tratando a todos com honra e temendo a Deus (1Pe 2.11-17). É a santificação como consequência da justificação pela fé em Jesus. “[…] fomos criados em Cristo para boas obras […].” (Ef 2.10): uma delas é a vocação de cuidar da criação.

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