Palavras

“Um gesto vale mais do que mil palavras”, diz um ditado. Mas algumas palavras ditas na hora certa também ajudam. Confirmei isso na segunda-feira da Páscoa. Três importantes comunicadores da TV deram testemunho de sua fé no Cristo ressuscitado em diferentes circunstâncias:

a) Os cultos de Páscoa presenciais foram autorizados por um dos ministros do STF. Graças a isso, minha esposa e eu pudemos ir ao culto e à santa ceia, o que não conseguíamos fazer desde que tínhamos saído da África do Sul em meados de dezembro do ano passado. Um dos mais antigos comunicadores da TV comentou o fato e disse que aproveitou e foi à missa de Páscoa, tendo ouvido da boca do pregador a mensagem de esperança do Cristo morto por nós e ressuscitado por nós, o que o animou bastante nesta época de pandemia. Partindo de quem partiu, este testemunho valeu mais do que muitos sermões dentro das igrejas.

b) Um outro comentarista analisou o silêncio do Google sobre a Páscoa este ano. Nenhuma mensagem de esperança foi compartilhada pela poderosa empresa. Em outras ocasiões, como a festa muçulmana do Ramadã, o Google manda mensagens e saúda a comunidade islâmica. O analista comentou que se vê nesta atitude uma flagrante omissão de apoio aos cristãos e aos princípios cristãos que regem (ou melhor, regiam) a nossa sociedade. Ao mesmo tempo, o comentarista confessou a sua fé na ressurreição e a sua esperança em Cristo.

c) Um entrevistador, também conhecido como famoso comediante, postou nas redes sociais, e depois apareceu no Youtube, fotos suas com o rosto deformado e os olhos inchados. Explicou ele que, devido a uma medicação que lhe causou alergia, ele teve um choque anafilático, e quase se foi. Num primeiro momento, passou por sua mente toda a história da sua vida, como num filme. E quando ele pensou que ia morrer, ele sentiu uma enorme paz. Lembrou-se de Jesus, que disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente” (Jo 11.25). E, “porque eu vivo, vós também vivereis” (Jo 14.19). E concluiu, dirigindo-se ao seu público: Quando as coisas estiverem mal para vocês, olhem para Jesus. Só nele nós temos vida. Esta é a minha fé, que compartilho com vocês.

E esta não é a primeira vez que ele confessa a sua fé em Cristo publicamente.

Estes três testemunhos me fizeram lembrar uma situação à qual reagi na África do Sul. Um enorme Shopping Center costumava colocar cartazes nas festas das três principais religiões. Por exemplo, “Desejamos a todos os nossos clientes muçulmanos um feliz Ramadã”. Ou: “Desejamos a todos os nossos clientes judeus um feliz Rosh Hashanah”. Mas quando chegava o Natal ou a Páscoa, não havia referência aos cristãos, e apenas uma referência às “Festas”: “Desejamos a todos os nossos clientes felizes festas”.

Depois do segundo ano vendo isso, fui procurar a gerência e disse que a maioria dos clientes eram cristãos e mereciam que suas festas fossem mencionadas pelo nome também: Christmas = Natal, em que aparece o nome Christ= Cristo; e Easter. Não resolveu muito meu protesto, mas deixei o recado.

A sociedade está cada vez mais deixando de lado os princípios cristãos. Organizações internacionais se encarregam de incentivar o aborto e de desestruturar a família. E mesmo os cristãos estão esfriando na sua fé cada vez mais, aproveitando esta época de pandemia como desculpa de que “não precisa mais ir à igreja; podemos assistir o culto pela internet”.

Por outro lado, acho que nunca homens públicos, como os três citados acima e muitos outros, confessaram a sua fé em público como se vê hoje em dia. Há quem diga que isso é demagogia, ou tomar o nome de Deus em vão. Eu não sou o juiz. Olho como algo positivo que o nome de Deus voltou aos noticiários e que, em poucas palavras, alguns estão dando testemunho de sua fé em Jesus.

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