No Salmo 4.2-3, está escrito: “Filhos dos homens, até quando vocês vão querer transformar a minha glória em vergonha? Até quando amarão a vaidade e buscarão a mentira? Saibam, porém, que o Senhor distingue para si o piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo por ele.”
Está é uma oração do rei Davi para aqueles que ignoram o santo; essas pessoas deveriam saber que o Senhor colocou seu favor sobre o justo e que ouvirá suas orações.
Sabemos, por triste experiência, que algumas pessoas “amam palavras vazias e buscam mentiras”. No entanto, muitas vezes somos culpados da mesma coisa; nossas próprias palavras, às vezes, podem ser vãs e egoístas. Podemos até recorrer a mentiras, talvez na tentativa de disfarçar nossa culpa e vergonha. Sabemos como as pessoas se comportam, mas também sabemos que nosso inimigo Satanás usa palavras vazias. Sabemos que ele procura por mentiras. Sabemos que sim, porque Jesus nos diz que o diabo “foi assassino desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44b). Também sabemos que Satanás adora transformar a honra em vergonha, assim como fez há muito tempo no Éden. Por meio de suas perguntas e sugestões enganosas, a antiga serpente tentou Eva, e Adão com ela, a duvidar e desobedecer à Palavra de Deus e a comer do fruto que lhes era proibido. A honra e a beleza da criação de Deus se transformaram em vergonha e desonra, uma vergonha que Adão e Eva tentaram em vão esconder de seu Criador.
O diabo, aquela antiga serpente, procura nos tentar como fez com nossos primeiros pais. O inimigo mortal quer nos afastar de nosso Senhor e de andar nos caminhos do Salvador. Quando ouvimos as mentiras de Satanás e os ecos de sua voz tentadora no mundo ao nosso redor, nos afastamos da Palavra e dos caminhos de Deus, trocando nossa honra dada por Deus por culpa e vergonha. No entanto, quando vemos nossa vergonha claramente refletida no espelho brilhante da lei de Deus, o Espírito Santo nos leva a nos arrependermos e clamarmos humildemente ao Senhor. Deus ouve nosso pedido de ajuda e perdão. No Éden, Deus prometeu que viria uma semente da mulher, e que haveria inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente. A descendência da mulher e a da antiga serpente seriam feridas em um conflito mortal.
Quando chegou a hora marcada, Deus enviou seu Filho, o filho da mulher, ao mundo. Jesus foi rejeitado, traído e condenado injustamente, sendo vítima das maquinações daqueles que o odiavam. No entanto, Jesus foi entregue à morte “conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus” (Atos 2.23b), um plano conhecido antes da fundação do mundo, um plano para nossa salvação anunciado pela primeira vez no Éden. Jesus levou nossa vergonha e culpa à cruz, sofrendo a pena de morte por nossos pecados. Ele levou nossos pecados sobre si, e, em troca, ele nos dá sua justiça, sua honra e sua glória. Deus, em Cristo, nos separou para si mesmo para que possamos glorificá-lo com uma vida de amor e serviço. Ele ouve quando chamamos e ouve nosso louvor agradecido.
Sendo assim, querido e amado leigo, homem da igreja do Senhor, saiba que em Cristo, Deus separou você para ele mesmo. Apesar de nossa condição (e nosso fim) miserável, Deus nos protege de nossos inimigos, nos exalta e dirige nossos olhos para sua grande misericórdia manifesta na cruz de Cristo. À qual também, pelo poder do Espírito Santo, o guiará para viver em amor e serviço aos outros.
Giovani Immich
Pastor Conselheiro
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