A pandemia causada pelo novo coronavírus não impediu a realização da sexta edição da Feira Regional de Iniciação Científica do Colégio Luterano Concórdia, de São Leopoldo, RS. Adaptada ao ambiente virtual, a mostra está ocorrendo por meio das plataformas digitais e se encerra no sábado, 28 de novembro. Segundo o professor Fernando Inácio dos Santos, a opção foi por realizar as apresentações em três sábados, 14, 21 e 28 de novembro, oportunizando o envolvimento dos alunos desde o Ensino Fundamental II aos do Ensino Médio.
O tema deste ano abordou alimentos e cultivo saudáveis e foi inspirado nas proposições da Organização das Nações Unidas (ONU), que na assembleia geral de 2018 estabeleceu o ano de 2020 como o Ano Internacional da Fitossanidade.
Os estudantes utilizaram a plataforma Hangouts Meet, e tinham entre sete e dez minutos para apresentar o seu projeto, cuja pesquisa já havia sido enviada à comissão organizadora, que esclareceu dúvidas e apontou dicas de melhoria. “Todos podiam assistir às demais apresentações, como forma de acompanhar os colegas”, ressalta o Prof. Fernando. Professor de Ciências e Biologia, ele também integra a Comissão Organizadora da FEICICC e destaca a importância da manutenção do evento, que sempre foi presencial. “A familiarização com o método científico, a construção e a socialização de conhecimentos precisam ter continuidade, mesmo de forma remota”, diz.
Segundo ele, a modalidade de uma apresentação não presencial tem seus prós e contras. “Se, por um lado favorece a velocidade da busca de dados e dinamiza o acesso e a interação com as tecnologias da informação e comunicação, por outro lado há a necessidade de criar rotinas e uma disciplina para manter a constância exigida pela iniciação científica. “O distanciamento social, com cada aluno na sua casa, dificultou a execução de entrevistas, visitas técnicas tão necessárias e importantes para dimensionar uma pesquisa. Mas os professores e alunos mantiveram-se firmes no propósito do projeto da feira”, ressalta o professor. Ele aponta que adaptaram as metodologias e, mesmo assim, os alunos produziram e compartilharam muito conhecimento. Este momento está sendo marcante na história da escola e impactando diretamente na comunidade escolar. “A criatividade e o processo de adaptação e resiliência foram muito estimulados e serviram de exemplo na superação de obstáculos”.
O diretor da instituição, Nelci Naor Senger, acrescenta que períodos atípicos como este impulsionam novas formas de estudar e aprender, não somente para os estudantes, mas também para o corpo docente e familiares. “Os professores adaptaram-se a um novo formato, demonstrando grande espírito de solidariedade junto aos alunos e também aos pais, que também tiveram que se adaptar a esta nova realidade”, aponta.