Fórmula mágica para uma reunião de leigos

Um conhecido me contou outro dia sobre o homem que, chegando em casa após a reunião de leigos, tomou sua esposa nos braços e passou a andar com ela no colo, saltitando e cantarolando. A mulher, estranhando tanta alegria e carinho por parte de seu marido habitualmente rabugento, questionou: “O que é isso, amor? O estudo hoje foi sobre ‘tratar melhor sua esposa’?”. “Não!”, respondeu o cidadão. “Era sobre ‘Como carregar sua cruz com alegria’!”

Brincadeiras totalmente à parte, percebo que há uma grande ansiedade sobre nossas reuniões, e, assim, uma das perguntas que mais tenho ouvido nesses poucos meses à frente da LLLB é sobre como é a Liga de Leigos de que participo, e sobre como seria uma reunião de leigos ideal.

Pudera, mesmo grupos tradicionais, vira e mexe, retomam discussões como: quais temas abordar? Estudo ou devoção? Quem convidar para falar? Ter ou não ter comida? Ter ou não ter bebidas? E cada um destes ingredientes, em algumas situações, causa debates e até mal-estar.

A Bíblia, em diversas passagens, insiste na importância da realização de reuniões, algumas bem conhecidas, como a clássica “Onde dois ou três estiverem reunidos…”; ou “Alegrei-me quando me disseram…”. Eu, particularmente, gosto do texto de Hebreus 10.24-25: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia”.

Assim, acredito sinceramente que quanto mais oportunidades oferecermos de encontros (sejam reuniões ou mesmo congressos), mais chances teremos de fortalecer nossos laços entre irmãos, nos encorajar na prática da fé e, assim, oferecer homens mais fiéis e dedicados às nossas igrejas, às nossas famílias e à sociedade.

Já sobre comidas e bebidas, se buscarmos também a resposta na Bíblia, há contextos em que são incentivadas, como também são reprovadas, principalmente em relação à embriaguez, situação que realmente carece de atenção. Da mesma forma, sabemos que em muitas de nossas ligas pelo Brasil, há grupos que combinam devocionais com brindes e jantares, e em outros, o momento é restrito ao estudo da Palavra.

Agora, se mudarmos o foco eu lhe pedisse que parasse por um instante e pensasse na última reunião, encontro ou congresso que participou. Se tiver um minuto, pode pensar em várias oportunidades dessas. Quais foram os momentos que ficaram gravados em sua mente e em seu coração? Pense um pouquinho. Se tomarmos o último Congresso presencial, você se lembra mais da cama confortável ou da palestra edificante? Lembra mais do prato delicioso ou da roda de risadas com os amigos que conheceu?

Eu tenho feito essa pergunta, e as respostas que mais ouço são relacionadas à alegria; à palavra; às histórias e aos bons exemplos. E tal qual a esposa da história, no início, celebra a volta para casa de um marido amoroso e melhorado, há uma grande expectativa por essa ação transformadora da Palavra que usa como instrumento nossos encontros de leigos. Incluam “alegria” e “Palavra” em sua pauta. Pensem nisso com carinho, e “bora” procurar a próxima reunião mais perto de sua casa (se der tempo, me convidem).

Ives Moller

Presidente da LLLB

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