Está previsto para ser inaugurada neste 13 de agosto, no “santuário a Lúcifer”, em Gravataí, RS, a imagem de uma criatura com corpo humano, asas e cabeça de bode, com cinco metros de altura. O religioso responsável explica que Lúcifer “é um deus que, assim como tantos outros, foi demonizado pela igreja, mas é o portador da luz e do autoconhecimento”.
Em nosso país existe o princípio da liberdade religiosa, algo muito bom. É preciso respeitar e tolerar qualquer fé, até aquela que adora o pior inimigo dos cristãos. Mas, então, como reagir? Antes de tudo, é bom saber que os cristãos não foram chamados para serem advogados de Cristo, mas testemunhas dele. A resposta, portanto, deve ser a mesma de Cristo ao diabo nas três tentações no deserto: “Está escrito nas Escrituras”. Essa estátua de Lúcifer é uma boa oportunidade para esclarecer os ensinos bíblicos sobre este anjo maligno, o poder que ele tem e o poder que ele não tem. Alguns colocam o diabo em tudo e encenam a expulsão de demônios impulsionados pelo próprio pai da mentira. Por outro, tem gente que não acredita na existência do diabo e dos anjos maus.
A Bíblia é um livro com muitas interpretações. O que é literal e o que é simbólico? O grande perigo é alegorizar aquilo que é real, como acontece com a figura de Satanás. Vale lembrar que o termo “lúcifer” vem da versão latina Vulgata, do termo grego “fosfóros” (estrela da alva ou planeta Vênus), em 2Pedro 1.19 – uma referência a Jesus. O Diabo sempre quis ser Deus, até no nome. Ou como disse Paulo: “E isso não é de admirar, pois até Satanás pode se disfarçar e ficar parecendo um anjo de luz” (2Coríntios 11.14).
Meu querido Velho-de-Guerra Marcos!
Muito boa a tua reflexao sobre o diabo e seu nome. Disseste bem quando afirmaste que ele que ser Deus, mesmo ate no nome “Lucifer”. Um forte fraternal abraco, Martinho Q. Sander