Firmados no ensino que recebemos

Avançamos com gratidão, coragem e esperança

       O ano de 2024 está chegando ao seu final. Esta edição, do centenário Mensageiro Luterano, abraça estes dois meses que completam o ano em nosso calendário civil.

       Também nesse período, termina mais um ano no calendário da igreja cristã e inicia um novo ano. Isso acontece quatro semanas antes do Natal. Esse período inicial, chamamos de Advento. Nele, lembramos a vinda de Cristo no primeiro Natal e nos preparamos para a sua volta para o juízo final. Ou seja, o primeiro Natal, que celebramos em dezembro de cada ano, nos lembra da vinda de Jesus como Salvador para todas as pessoas, como havia sido prometido por Deus Pai, desde a queda do ser humano em pecado, ainda lá no Paraíso.

       Ao mesmo tempo, neste período de Advento (em especial, algumas semanas antes desse novo tempo da igreja), somos convidados e alertados, com especial ênfase, pelas leituras bíblicas do calendário eclesiástico, a nos prepararmos para a volta de Cristo, não mais para salvar, mas para julgar o mundo pecador. É o que conhecemos como dia do Juízo Final. Quando todas as pessoas, de todo o mundo, o verão com os seus próprios olhos, como diz o apóstolo João: “Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele. Certamente. Amém! ‘Eu sou o Alfa e o Ômega’, diz o Senhor Deus, ‘aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso’” (Ap 1.7,8 – NAA).

       Portanto, nesse período do ano civil e eclesiástico, somos convidados a olhar para ontem, para o agora e para o depois. Ou, para o passado, para o presente e para o futuro. Há muito a lembrar e agradecer do passado, através do qual fomos trazidos até aqui: por Deus, que jamais nos abandonou, pelas pessoas que ele colocou em nosso caminho, nas mais diferentes situações, e pelos dons e bens que também recebemos dele.

       Isso também vale para o nosso presente e nosso futuro, seja qual for a nossa idade agora. Ninguém chegou até aqui nem vai seguir adiante sozinho. Todos dependemos em TUDO de Deus e MUITO uns dos outros, em qualquer lugar e setor da nossa vida: na família, na igreja, no trabalho, em todas as nossas relações humanas e interações sociais.

       O ano de 2024 deixou marcas profundas de tristezas, perdas, medos e preocupações na vida de muitas pessoas, em todo o mundo, também aqui no Brasil. Sejam elas de ordem pessoal, familiar, profissional, emocional ou material. Mas enquanto as “marcas da perda doem, ações de amor e solidariedade aliviam a dor”, escreve o pastor Airton Schroeder (leiam seu artigo na p.35).

       Por outro lado, seja no que passou ou no que ainda virá, é fundamental eu saber e crer que “A presença do corpo de Cristo é prova de segurança. Ameaçados se sentem os que se afastam do corpo de Cristo. A palavra de Cristo acende luz em sala escura, lança fora o medo. Sabemos que amamos e que outros nos amam quando vivemos no amor. Amamos porque Deus nos amou primeiro”, reflete o professor Donaldo Schüler (leiam sua reflexão na p. 9).

         No amor de Deus Pai, na graça do Senhor Jesus Cristo e na assistência do Espírito Santo, podemos olhar para o passado com gratidão, para o presente com coragem e para o futuro com esperança.

       “Estejam enraizados nele (Cristo), construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês, crescendo em ação de graças” (Cl 2.7 – NTLH).

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