A guerra entre Israel e o Irã, assim como os conflitos na região de Jerusalém, nos lembram da profunda divisão que existe entre dois povos que compartilham uma ancestralidade comum: ambos são descendentes de Abraão. De um lado, temos os filhos de Ismael, nascidos de Hagar, e, do outro, os filhos de Isaque, nascidos de Sara. Essa divisão, que começou com as tensões familiares, estendeu-se ao longo dos séculos e se reflete nos conflitos políticos e religiosos atuais.
Jerusalém, cidade central para judeus, muçulmanos e cristãos, continua sendo um símbolo de fé e, ao mesmo tempo, de disputas. Quando Jesus olhou para Jerusalém, expressou sua profunda tristeza pela rejeição que o povo demonstrava, como está em Mateus 23.37. Assim como os habitantes de Jerusalém rejeitaram a proteção e a paz que Cristo ofereceu, muitos hoje ainda resistem à graça de Deus, escolhendo a separação e o conflito.
Esses povos brigam por Jerusalém e acreditam que ali é o lugar santo para eles; porém nós, cristãos, temos o Filho de Deus, Jesus, que foi crucificado, ressuscitou e venceu o pecado em nosso lugar. Nós não lutamos por um lugar, uma cidade ou por uma ideologia política, mas contra o pecado que habita em nós. O que nos traz segurança e esperança é a nossa fé em Cristo Jesus, que, por meio de sua vitória na cruz, conquistou tudo por nós. Nossa batalha é espiritual, não territorial, pois sabemos que Deus não habita em templo feito por mãos humanas, mas habita em nosso coração.
Como cristãos, somos chamados a reconhecer que, assim como os conflitos físicos entre nações refletem a falta de paz, também há uma guerra espiritual em cada um de nós. Essa batalha contra o pecado e a natureza humana é constante, mas não é vencida por nossas próprias forças. A verdadeira paz, tanto para as nações quanto para nossas almas, vem unicamente através de Jesus Cristo.
A beleza da mensagem cristã é que a salvação não depende de nós. Como Paulo nos lembra em Efésios 2.8-9: “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. A paz que Jesus oferece vai além das batalhas externas; ela começa na transformação do nosso coração. Ele nos convida a descansar debaixo de suas asas, onde encontramos refúgio e segurança.
Assim como as nações em guerra precisam da paz de Deus, também nós, em nossa vida cotidiana, dependemos dessa mesma paz que Jesus oferece. Ele já venceu a maior de todas as batalhas por nós na cruz. Portanto, não precisamos carregar fardos que ele já levou. Seja em nossos trabalhos, atividades na igreja, reuniões da liga de leigos ou em nossos lares, somos chamados a confiar inteiramente na graça de Cristo.
Ao olharmos para a cruz, somos lembrados de que nossa verdadeira paz e vitória estão seguras em Jesus. Vivamos essa confiança, sabendo que ele é nosso refúgio e que, independentemente das divisões e conflitos ao nosso redor, a obra perfeita de Cristo nos une em seu amor e nos dá a paz que o mundo não pode oferecer. Assim, seguimos como LLLB, não buscando mérito próprio, mas repousando, confiando na obra de Jesus, que nos reúne como irmãos e irmãs debaixo de suas asas de graça, amor e perdão.
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