O mês de junho foi muito especial para a IELB. Além de celebrar os seus 118 anos de fundação, ela esteve reunida em Convenção Nacional, nos dias 16 a 19, em Guarapari, ES. E nesta Convenção Nacional, que foi a 63ª na sua história, muitas coisas importantes foram analisadas, decididas e encaminhadas. Foram eleitos a Diretoria Nacional, os conselhos e as comissões (Conselho Fiscal, Conselho de Ética, Comissão de Colóquio, Comissão Jurídica, Comissão de Teologia e Relações Eclesiais e Comissão de Apelação). Concomitantemente à Convenção Nacional, o Conselho Diretor também esteve reunido e elegeu a sua Diretoria e seus grupos de trabalho, dentre os quais destacamos os departamentos de Ensino, de Expansão Missionária, de Educação Cristã, de Ação Social, de Comunicação e de Administração. Todos esses eleitos atuarão nos próximos quatro anos, até a Convenção Nacional de 2026.
Nessa Convenção também foi lançada a temática da igreja para o quadriênio 2023 a 2026. Fundamentada nas palavras bíblicas de Colossenses 2.6 e 7, a IELB terá como lema Vivendo em Cristo.
Em 2017, a igreja celebrou os 500 anos da Reforma Luterana. Através da Reforma, o bondoso Deus devolveu ao seu povo a sua preciosa Teologia da Cruz, a qual aponta para Cristo e para a sua obra redentora em nosso favor. Nós somos herdeiros da Reforma e, por isso, a IELB, neste atual quadriênio (2019 a 2022), tem como lema Firmados em Cristo, fundamentado em Atos 2.42, e para o próximo quadriênio, o lema será Vivendo em Cristo.
Dessa forma, a IELB deixa explícito que ela se manterá fiel à herança que recebeu. Nós, enquanto membros da IELB, queremos nos manter fiéis à herança doutrinária, teológica e litúrgica que nossos pais nos deixaram. E por que agimos assim? Agimos assim porque o próprio Deus nos diz: Saibam que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” (Sl 100.4).
Possivelmente a teologia da cruz, que é a teologia bíblica, e que é a teologia do luteranismo confessional, não é a mais atraente para a sociedade de nossos tempos, pois as pessoas buscam algo em que a sua participação seja exaltada e valorizada e, desta forma, as teologias da glória e da prosperidade, que não são bíblicas, atraem as multidões. No entanto, diante das adversidades da vida, e especialmente diante da morte, que fatalmente alcançará a todos, a teologia da cruz é a única que pode nos dar esperança e consolo, pois ela mostra a nossa total incapacidade de nos aproximarmos de Deus e alcançarmos as suas bênçãos; mas ela também nos mostra o amor e a graça de Deus, que vem ao nosso encontro e nos justifica e aceita por causa da obra redentora de seu amado Filho Jesus Cristo. Assim, temos a convicção de que “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 1616).
Como povo de Deus e rebanho do seu pastoreio, continuaremos reconhecendo que o Senhor é Deus, que foi ele que nos fez, e que foi ele que nos redimiu através do precioso sangue de seu Filho. Assim continuaremos confiando no seu cuidado e na sua condução, pelo caminho da fé, para a vida eterna. E, enquanto caminhamos, continuaremos levando Cristo para todos.