Eis que saboreamos os primeiros dias de um novo ano. Tudo ainda está em branco nas longas páginas que temos pela frente. Com a bênção de Deus, queremos escrever novas histórias. Diante deste horizonte que, pouco a pouco, se vislumbra diante de nossos olhos, nos questionamos: o que esperar de 2022?
Pessoalmente podemos ter nossos planos. Cuidar mais da saúde. Estar mais perto de quem amamos. Estar mais presente na casa do Senhor. Estudar mais. Viajar mais. Crescer profissionalmente. Porém, precisamos lembrar que não vivemos dentro de nossas próprias bolhas. Estamos inseridos em uma sociedade. E, nesse cenário, também nos questionamos: o que esperar de 2022?
Será que este horizonte nos trará um arrefecimento real e definitivo da pandemia? Ou será que este novo ano nos trará mais variantes do vírus e novas restrições? E as máscaras, será que 2022 será o ano de guardá-las em uma gaveta especial, para de lá tirá-las apenas para contar aos netos as histórias de uma pandemia?
E o mercado financeiro? Será que a corrosiva inflação será controlada ou 2022 será o ano em que o litro da gasolina chegará aos inacreditáveis R$ 10,00? Aliás, o novo ano é ano eleitoral. Eleições que podem entrar para a história. Não necessariamente pela riqueza de debates, mas por estar inserida em uma convulsão político-social de grandes proporções. E neste cenário extremado estamos inseridos como igreja, como cristãos. Continuemos sendo, sob a bênção do Espírito Santo, a voz de discernimento e sabedoria neste horizonte acalorado que se aproxima. Ah, e para não deixar a bola quicando, 2022 também será o ano da Copa do Mundo, no Catar. Perdoem-me os apaixonados, mas parece que há tempos que a seleção canarinho deixou de nos encantar.
Diante de tamanha complexidade de assuntos, é natural que olhemos com curiosidade e expectativa para 2022. Mas, no meio desse futuro incerto, há uma certeza. Uma confortadora certeza. Uma joia que brilha na Palavra de Deus. Ali está ela, no salmo 23. Seu brilho às vezes pode ser ofuscado pela popularidade do primeiro versículo: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”. Esta frase é best-seller de versículos bíblicos, reconhecida por crentes e descrentes. Mas, ali mesmo, no salmo 23, há uma joia que brilhará sobre nossas cabeças em cada novo dia deste novo ano. Mais especificamente, no versículo 6: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida”.
Como é confortador iniciar um novo ano assim. Não na expectativa de que Deus seja bondoso e misericordioso, como se o seu amor fosse uma possibilidade. Não! Bondade e misericórdia são presentes de Deus ao seu povo. São certezas constantes, a cada novo dia. “As suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã” (Lm 3.22-23). A cada despertar para nossas rotinas em um novo ano, podemos respirar o doce ar da graça de Deus. Nos dias bons e nos dias maus. Tudo isso, graças a Jesus. Na cruz do Redentor foi manifestada essa bondade e misericórdia de Deus. Com Jesus e somente em Jesus está a nossa salvação.