Eu, luterano?

Com 17 anos, tive meu primeiro emprego formal, e logo na secretaria de uma faculdade!

Estava assustado pela falta de experiência, mas feliz pela oportunidade que mudaria para sempre minha vida. E era apenas o início.

A instituição se expandia, pessoas eram contratadas, as amizades cresciam e os grupos de afinidades iniciavam. Eu aprendia muito com os novos e antigos colegas de trabalho e com um chefe que primava por fazer certo e atender bem as pessoas.

Como consequência natural daquele sentimento de estabilidade, começou a bater em mim o desejo de pensar em coisas mais sérias, como constituir família, ter filhos… Sim, na nossa época, era normal pensar dessa forma com pouca idade.

E foi aí que começou a maior transformação da minha vida!

Quatro anos depois que comecei a trabalhar na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), mais pessoas foram contratadas, e, entre elas, uma alemãzinha muito bonitinha e dona de um carisma, um sorriso e uma gargalhada contagiantes!

Logo ficamos amigos, confidentes e conversávamos sobre vários assuntos.

Por tudo isso, ou apesar de tudo isso, eu a via apenas como amiga, pois pensar em algo mais sério com ela ia além das minhas expectativas. Eu pensava assim, talvez ela pensasse assim, mas muito estava por acontecer!

E foi assim que, em uma das saídas com os amigos (eu dava carona para alguns) decidi mudar um pouco o trajeto e – muito nervoso pelo plano audacioso – deixei-a por último! Parei o “fuscão” em frente à casa dela, conversamos um pouquinho e, quando menos esperava, estávamos combinando de tentar algo mais sério! Feito o acordo, ao sair do carro, ela me deu um selinho, que foi o mais delicioso da minha vida!

Acelerei o fuscão e saí sorrindo e cantando!

Nosso relacionamento, carinho e amor aumentava, e os colegas logo souberam, alguns incrédulos e outros felizes pelo casal que se formava. Como trabalhávamos juntos e já nos conhecíamos bem como amigos, do namoro para o noivado, bastaram seis meses!

Quando decidimos nos casar, veio o principal acontecimento e que transformou minha vida.

A essa altura, eu, um cristão eventual, já conhecia alguma coisa da Igreja Luterana por meio da minha futura esposa e pelos cultos e reuniões da juventude, que eu já estava frequentando. Um dia ela, com muito carinho, me disse que seria importante conversarmos sobre a religião, e, corajosamente, falou:

– Se você quiser, eu irei para a sua igreja, contanto que sejamos firmes e dedicados e não apenas de aparência! Mas gostaria muito que você se convertesse ao luteranismo!

Pego de surpresa, fiquei sem palavras. Disse a ela que iria pensar com carinho sobre isso.

Conversei com minha mãe – católica fervorosa – e lhe disse que não seria justo eu permitir que minha futura esposa mudasse de religião. Eu não era cristão assíduo. Então, eu mudaria.

A partir daí, ela me ensinou muita coisa, fez o estudo da profissão de fé junto comigo, me ensinava a ler e manusear a Bíblia, falava da doutrina, da história do luteranismo. Meu sogro também me ensinou muita coisa, agindo no lugar de pai, o qual perdi muito cedo para um câncer.

Me converti, nos casamos e, apenas um ano depois disso, eu já fazia parte da Diretoria da Congregação São Paulo, de Guarapuava, PR, sendo eleito para segundo secretário.

Junto com minha esposa, crescemos dentro da igreja ajudando no que estivesse ao nosso alcance!

São 38 anos de casados, dois lindos filhos, e continuo agradecido, especialmente a Deus, por tudo, e também a você, minha querida esposa Jussara Stadler Penteado, por ter me apresentado um Jesus diferente do que eu conhecia!

Gilmar Penteado

Vice-presidente de Administração da LLLB

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