Rainhas, reis e as coroas da vida!

A morte da rainha Elisabeth II e o seu sepultamento estão entre os fatos marcantes do ano de 2022. Morreu no dia 8 de setembro e foi sepultada apenas 11 dias depois. O velório e as cerimônias foram planejados nos mínimos detalhes. Em evidência, sobre o caixão, uma imagem e símbolo importante: “a coroa”!

Chefes de estado e milhares de populares estiveram prestando suas condolências. Anônimos e famosos ficaram horas em uma fila com o objetivo de aproximar-se. E ali, pertinho, todos podiam ver o que estava em evidência: “a coroa”.

No entanto, no ato do sepultamento, finalmente o corpo da rainha foi separado da coroa. Diante dos olhos do mundo inteiro estava uma parábola, uma lembrança; de que tudo o que temos nesse mundo: fama, dinheiro, poder; nada disso nos acompanha, independente da evidência e importância que essas “coroas” tenham nesse mundo! Nascemos nus, sem nada, e sem nada morreremos (Jó 1.21).

Nossas coroas não nos acompanharão! No entanto, curiosamente, a Bíblia coloca em evidência uma outra realidade ao dizer: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10)”. Perceba que pela fé cristã ocorre algo contrário ao que acontece com qualquer rei e rainha deste mundo: quando a rainha Elisabeth foi sepultada, ela foi separada de sua coroa; já o cristão, fiel a Jesus, quando morre, recebe e é unido a uma coroa de vida e glória.

A doce e graciosa notícia é de que esta coroação existe e é bem real, porque Jesus aceitou ser coroado com espinhos. O rei Jesus, enquanto carregava sua cruz, observou filas de pessoas que, em sua maioria, não estavam ali para reverenciá-lo, mas para zombar dele! Pelas zombarias que ele recebeu, nós somos enaltecidos!

A imagem do sepultamento da rainha Elisabeth deve nos lembrar de que tudo neste mundo é transitório. Uma grande advertência diante de nós! Mas também um consolo. Porque as coroas de sofrimento e tribulações que nós enfrentamos também ficarão por aqui. Pois, está escrito: “Se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseverarmos, também com ele reinaremos! (2Tm 2.11-12)”. Repito: “Reinaremos” com ele!

Em Cristo, somos da realeza. Sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9), destinados a um lugar sem espinhos nem lágrimas. Portanto, sigamos firmes, agindo em nobreza, enchendo nossas vidas de boas obras em favor do nosso próximo e servindo ao rei dos reis em amor; e com toda a honra.

Sigamos nossas vidas, andando, como que numa longa fila. Caminhemos em fidelidade, consolando os enlutados; mas certos de que nossa caminhada não serve apenas para prestar condolências a algum rei ou rainha falecida. Mas àquele que vive e reina eternamente – o Salvador Jesus!

Coroemos o Salvador com honra e glória e continuemos a orar: venha o teu reino. E na comunhão cristã, em pequenos grupos, como os nobres grupos da Liga de Servas, lembremos sempre, que ali está reunido um grupo de rainhas, que jamais se separarão de suas coroas, pois nada pode nos separar do amor de Deus, que é nosso, em Cristo Jesus! (Rm 8.39).

Ismar Lambrecht Pinz

Pastor Conselheiro

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