Pregação Criativa
Um manual teórico-prático sobre criatividade e variedade na pregação cristã
“O SENHOR me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa Palavra ao cansado” (Isaías 50.4).
Pregar a Palavra de Deus é um ofício – um “saber dizer”, em que a melhor preparação do pregador está a serviço da simplicidade na comunicação da mensagem de Deus.
Jesus compara o pregador ao pescador e ao semeador, que lançam a rede ou a semente do Evangelho sem se preocuparem com os peixes ou os frutos. O pregador não sabe o resultado da sua comunicação, mas tem mandamento e a promessa de Deus de que a Palavra tem poder ou eficácia em si própria para trazer resultados.
Pregar, assim como lançar redes e sementes, requer técnica e habilidade. O bom pregador é um operário que maneja bem a Palavra da verdade (2Timóteo2.15).
Pregação Criativa é um convite – e uma ferramenta – para que pregadores novos e experientes manejem bem a boa Palavra, fazendo uso de recursos como a criatividade e a variedade em suas pregações.
Luisivan Vellar Strelow
Autor: Dieter Joel Jagnow
Dimensões: 16X23 cm
Páginas: 368
Dieter Joel Jagnow nasceu em Três de Maio, RS, em 29 de junho de 1961.
Formado em Teologia pela Faculdade de Teologia do Seminário Concórdia de São Leopoldo, RS (1984), em Letras pelas Universidade Tuiuti de Curitiba, PR (1987), em Jornalismo pela Universidade Luterana do Brasil, Canoas, RS (2007). Mestre em Teologia (Prática e Histórica) pelo Concordia Seminary de Saint Louis (EUA, 1993).
Atuou como pastor em congregações da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), como diretor de periódicos desta Igreja (1995-2001) e como editor geral (2001 até 2008). Atuou também como pastor e jornalista em Ribeirão Preto, SP.
É autor de três livros publicados pela Editora Concórdia: O Jovem Cristão (edições em 1983, 1985, 2003), Jovem Como Você (1990) e Diálogo Pastoral (coedição Editora da Ulbra: 2003).
Foi casado com Stael Witt Jagnow, com quem teve dois filhos: Fábio e William Witt Jagnow.
Faleceu em 17 de abril de 2016.
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Leia o Prefácio
O contexto de uma gestação
Por que um livro sobre pregação?
Às vezes, a melhor forma de explicar as coisas é por meio de um relato autobiográfico.
Este livro foi gestado em um contexto peculiar. Eu me formei em curso superior de Teologia em dezembro de 1984. Também tive aulas de Homilética. Quatro semestres. Nessas disciplinas, aprendi a elaborar sermões dentro de certo padrão ou formato.
Quando iniciei meu trabalho pastoral, este aprendizado foi muito útil para a elaboração das minhas mensagens regulares. Nada como um roteiro a ser seguido para facilitar as coisas! Muitas vezes agradeci a Deus por ter aprendido na Faculdade uma maneira clara e objetiva de comunicar a sua Palavra.
A pregação é a área do ministério pastoral que mais me interessa. Quando tive a oportunidade de fazer um curso de pós-graduação, a área de interesse principal foi a Teologia Prática, com ênfase na comunicação da Palavra de Deus.
E lá fui eu, em 1990, para Saint Louis, EUA, fazer o mestrado no Concordia Seminary. Escolhi várias disciplinas na área de Homilética. Uma delas me marcou de modo especial: Pregação Criativa, com o homileta Francis Rossow. Matriculei-me nessa disciplina logo no primeiro trimestre.
Além do choque cultural pelo qual estava passando, meu inglês era, digamos, sofrível. Nas primeiras aulas eu me senti meio perdido. E depois que entendi qual era a proposta do curso, eu me perdi de vez!
Angustiado, marquei um horário com o professor Rossow. O diálogo foi mais ou menos assim:
– Professor, não sei o que fazer. Meu objetivo é aprimorar meus conhecimentos em Homilética. Este é o principal motivo que vim do Brasil para estudar aqui. Por isso me matriculei na sua disciplina. Mas não sei se poderei continuar…
Rossow não estava entendendo nada:
– Não está gostando?
– Na verdade, estou é assustado. Criatividade é coisa séria. E se já é complicado ser criativo na própria língua, imagine em outra língua…
– Interessante seu ponto. Acho que eu nunca havia pensado nisso – Rossow comentou.
Em seguida, ele começou a tentar me animar, a continuar em suas aulas mesmo assim. Lá pelas tantas eu disse:
– Está bem, professor. Vou continuar. Mas ainda tem um problema: já vi que preciso fazer os mesmos exercícios criativos que os demais colegas. Só que eu não domino a língua inglesa como eles. Eles estão em vantagem. Será que o senhor não poderia avaliar as minhas atividades com outros critérios? – arrisquei.
Rossow não topou. Disse que eu deveria continuar e dar o melhor de mim. Se fosse o caso, poderíamos conversar novamente no final do trimestre. Quem sabe eu poderia realizar alguns trabalhos complementares. E lá fui eu porta afora, com um misto de ânimo e desânimo.
Continuei na disciplina. Não havia conseguido uma bolsa à toa e nem viajado mais de 10 mil quilômetros para nada.
Final da história: não só fui aprovado na disciplina, mas também obtive uma boa nota nos trabalhos apresentados. Mais do que isso – e muito mais importante – essa disciplina especialmente, me trouxe a um ambiente novo: o da criatividade no anúncio da Palavra de Deus. Nasceu, aí, também o sonho de escrever um livro sobre a criatividade (e variedade) na pregação (a exemplo do que o próprio Rossow, o professor do curso, havia feito com o Preaching the Creative Gospel Creatively [Pregando Criativamente o Evangelho Criativo], em 1983). Nessa e em outras disciplinas, vi que é possível tornar-se um pregador criativo e, também, usar de variedade na pregação.
E, agora, aqui está o livro. A proposta é clara: enfatizar a importância da criatividade e da variedade na pregação. O livro apresenta elementos teóricos e práticos, com sugestões de como desenvolver a criatividade e a variedade na pregação. Alguns dos conceitos e sugestões são mais conhecidos. É possível que outros sejam novos para muitos leitores. Da mesma forma, com relação aos modelos propostos, alguns são simples, outros, mais complexos.
O livro pretende ser, acima de tudo, uma ferramenta útil e prática para que você, pregador, invista sempre mais em sua pregação, dada a importância dela no trabalho pastoral. Ele quer desafiá-lo a ser mais criativo e a usar de mais variedade em seu cotidiano homilético, para o benefício dos seus ouvintes e para a glória de Deus.
Dieter Joel Jagnow
Maio de 2010
PS.: A redação deste livro teve a participação direta e indireta de muitas pessoas. Agradeço a todas elas de coração. Especialmente à minha família, pela compreensão e paciência.