Hoje é o dia (2Co 6.2) da ceifa eterna. As palavras que Deus faz ecoar pelos campos pela boca daqueles a quem ele envia, rompem a surdez e escancaram aos meus olhos a presença do rei do Reino inabalável. Suas palavras fazem o Reino tocar-me tão forte, a fim de despertar-me a ver já hoje as suas muralhas a me proteger, a sua paz a me consolar e a sua fartura a me satisfazer. “Porque vocês mamarão nos peitos das suas consolações e ficarão satisfeitos; sugarão e se deliciarão com a abundância da sua glória” (Is 66.11).
“A colheita é grande” (Lc 10.2), disse Jesus. Os trabalhadores já estão pelas ruas fazendo a colheita. Ouça-os! A colheita carrega o significado de julgamento eterno do fim dos tempos (Is 27.12; Jl 3.12-13; Mt 13.39; Ap 14.15-16) e, de alguma maneira, Jesus quer nos mostrar que quando ele envia ceifeiros a proclamar a sua Palavra, a colheita acontece e o reino vem: “o Reino de Deus chegou até vocês” (Lc 10.9). Ouvi-lo hoje tem implicações para a eternidade. Deixar de ouvi-lo, também (Lc 10.10-12).
Por isso, não é só mais um culto ou apenas mais uma reunião religiosa, é o Rei que vem como ele prometeu vir: “Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está me rejeitando; e quem me rejeita está rejeitando aquele que me enviou” (Lc 10.16). Onde está o Rei, também está o seu Reino. Por isso, invadindo esse mundo e os nossos ouvidos e sentidos, está o coro eterno dos serafins que louvam o Senhor Todo-Poderoso (Is 6.4; Ap 4), à medida em que a Palavra do Reino é proclamada.
Diante de tão grande realidade e como participantes do Reino, “não nos cansemos de fazer o bem” (Gl 6.9) e levemos “as cargas uns dos outros e, assim, estarão cumprindo a lei de Cristo” (Gl 6.2). Amém.
Ismael Verdin
Pastor em Piedade, SP