Engana-se quem acha que ser cristão é viver dentro de uma bolha, imerso em uma cômoda zona de conforto. Identificar-se como cristão é também enfrentar atritos. Indiferenças. Perseguições. Cultura do cancelamento. Assim já foi ao longo da história. E assim é hoje, nesta sociedade pós-moderna, de conceitos líquidos.
Quando um cristão se posiciona publicamente, com sua ética e princípios bíblicos, sobre temas como aborto, casamento, sexualidade e até mesmo a respeito da criação, inevitavelmente, duras reações surgirão. Especialmente nas redes sociais ou, até mesmo, em grandes veículos de comunicação. No Brasil, experimentamos essa anulação à fé cristã, aos seus princípios, à sua ética. Porém, em países da América Central, da África, da Ásia e do Oriente Médio, a perseguição extrapola ideias e conceitos, partindo para a violência física e a morte. De acordo com a organização cristã Portas Abertas, a estimativa é de que, hoje, 360 milhões de cristãos enfrentem algum tipo de perseguição.
“Não pensem que eu vim trazer paz ao mundo. Não vim trazer paz, mas a espada” nos disse Jesus em Mateus 10.34. A fé cristã jamais foi uma música a ser dançada no ritmo da paz a qualquer custo. Há uma verdade da qual não se abre mão. Jesus. Sua Palavra. Sua cruz. Seu túmulo vazio. Só há salvação pelo nome de Jesus. E o viver pela fé nesta verdade não significa, necessariamente, ter paz em todos os relacionamentos. O nome de Jesus divide. Não há como ficar em cima do muro. Este crer e este não crer pode gerar atritos. Na universidade. Na escola. No trabalho. E também dentro de casa. Mas lembre-se das palavras de Jesus: “Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas quem ficar firme até o fim será salvo” (Mateus 10.22).
Então, fica a dica: fique firme em Cristo! Não abra mão de sua fé e de seus princípios cristãos. Nem mesmo diante de ideologias que corroem, lentamente, os pilares do nosso crer. Nosso consolo são as palavras de Jesus: “Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas” (Mateus 5.10).