Confirmados na fé em Cristo

“Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, estando enraizados e edificados nele, e confirmados na fé, como foi ensinado a vocês, crescendo em ação de graças.” Colossenses 2.6-7 (NAA)

Maximiliano Wolfgramm Silva
Pastor capelão-geral da ULBRA
[email protected]

Introdução

Na vida, estamos o tempo todo decidindo como vivê-la. De manhã, quando o smartphone toca, precisamos escolher entre usar a função soneca para esticar um pouquinho mais a noite de sono ou nos levantarmos logo para encarar as atividades do novo dia. Quando nos levantamos, outras decisões tornam-se necessárias: Que roupa devo usar? Vou comer algo antes de sair ou não? Será melhor ir de bicicleta ou usar o aplicativo de transporte? Quando chegar ao trabalho, devo cumprimentar a todos ou devo ir direto para a pilha de tarefas que me aguarda?

As inúmeras decisões que permeiam nossa vida vão desde coisas bem simples, como que quantidade de café vou colocar na minha xícara, até coisas mais complexas, como decidir sobre com quem vou me casar. Mas talvez você esteja, neste momento, pensando consigo mesmo: “Mas eu posso me omitir e não decidir nada!” Não se engane, toda omissão já é, em si, uma decisão. Escolher não escolher é uma escolha. Tanto o passo dado, quanto o não dado, impactará o rumo de muitas coisas em sua vida e na vida de outras pessoas.

Sendo assim, você há de concordar que decidir sobre a maneira como vivemos a nossa vida é algo muito sério, pois carrega em si o poder de mudar a vida das pessoas. Neste momento, lembro-me da famosa frase do tio Ben ao seu sobrinho Peter Parker (Homem-Aranha): “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Claro que existem graus diferentes de importância nas decisões que tomamos, mas, como regra básica, não devemos decidir de maneira leviana. A isso, segue a pergunta: Como, então, melhor decidir como viver a nossa vida? O que fazer diante das inúmeras possibilidades que se colocam diante de nós? Quando penso sobre essas coisas, logo vem à mente o conselho do teólogo Oswald Bayer[1]: “Antes de nos perguntarmos sobre o que devemos fazer, devemos nos perguntar sobre o que nos foi dado”.

Vivendo em Cristo – reconhecendo a dádiva

Nosso sínodo adotou para o quadriênio 2023 a 2026 o lema Vivendo em Cristo. O texto bíblico que inspira e sustenta este lema está registrado na carta de Paulo aos Colossenses, capítulo 2, versículos 6 e 7. “Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, estando enraizados e edificados nele, e confirmados na fé, como foi ensinado a vocês, crescendo em ação de graças” (Cl 2.6-7 – NAA).

Do texto bíblico acima, quero inicialmente destacar o trecho “continuem a viver nele”. Na versão Almeida Revista e Atualizada, temos “andai nele”, e na Nova Tradução na Linguagem de hoje, “vivam unidos com ele”. Percebam que em todas essas versões (como também no original grego) temos um imperativo, um modo verbal usado para expressar ações que se esperam do interlocutor. Isso pode provocar no leitor uma tendência de interpretar este trecho como tendo caráter moral, como se especificasse algum tipo de conduta ética. No entanto, acredito que ele versa sobre algo mais profundo.

A ênfase na moralidade que é esperada dos cristãos de Colossos aparece nesta carta, mais especificamente a partir do quinto versículo do terceiro capítulo, mas aqui Paulo está falando de algo mais essencial – ele está falando sobre fidelidade à fé recebida pelos colossenses. Ao desenvolver este raciocínio, Paulo usa imagens ou metáforas diferentes, mas uma reforça a outra. Na primeira, enraizados, temos a ideia de estar fixo, seguro. Na segunda, edificados, a ideia de construir a partir da base segura, bem fincada ao chão. A essas, segue a terceira imagem, uma menos gráfica que as duas anteriores, confirmados, a qual reafirma o comprometimento almejado: vivam de acordo com a fé que receberam.

Na ênfase trazida para este estudo, a palavra receber tem um papel importante. Ela denota algo que é entregue, dado, traz a ideia de um presente, uma dádiva. Isso é significativo, pois se somos convidados a refletir sobre o viver, a fé nos faz reconhecer que tudo que somos e temos, inclusive as próprias verdades divinas e a fé que o Espírito Santo produz através delas, são um dom, uma dádiva, um presente. Os colossenses, e também nós, somos, portanto, chamados a viver firmados, fiéis à fé que temos recebido, a qual se sustenta nas promessas de Deus que a nós foram anunciadas e que são o fundamento de nossa relação com Deus, promessas que dirigem nossa vida a Cristo.

No primeiro trecho do texto bíblico ora em reflexão, encontramos as palavras que dão origem ao nosso lema: “assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele.” Como muito bem destaca o pastor Erni Seibert ao versar sobre seu significado, “a base, o fundamento, a motivação de toda a vida estão na pessoa de Jesus Cristo. É em Cristo, no seu ensinamento, no que ele fez por nós, que queremos fundamentar nossa vida”. Ao conjugarmos o verbo viver em nosso lema, salientamos a ideia de uma ação contínua, ou seja, Cristo é base que permeia todas as áreas, todas as dimensões de nossa existência, em todos os tempos, em todos os lugares, tanto dos cristãos enquanto indivíduos, quanto de nossas comunidades de fé.

Perceba que aqui Paulo está estabelecendo um senhorio, o senhorio de Cristo Jesus. Isso fica ainda mais claro no versículo nove, um precioso fundamento de nossa cristologia. A divindade em sua plenitude habita em Cristo. Assim, não precisamos olhar para outro lugar quando pensamos a respeito de como vamos viver a nossa vida. Ao escrever aos colossenses, e isso vale para nós, também, Paulo aponta para onde está o poder, para quem é o Senhor, de acordo com quem nós devemos caminhar. Há um raciocínio básico aqui presente: se estamos em Cristo, uma nova vida segue a isso. Dessa maneira, mais do que indicar a base da nossa caminhada enquanto sínodo para este quadriênio, estes versículos estabelecem o fundamento para nossa caminhada de fé por toda a vida – Cristo. Pelo poder do evangelho, recebemos a este Cristo e a tudo o que ele, em graça, quer presentear a todos nós. Confirmados nesta fé, somos chamados a viver a nossa vida neste mundo.

Confirmados na fé em Cristo – vivendo em fidelidade

Neste ponto de nossa reflexão, somos convidados a olhar com mais atenção para as palavras que formam o destaque para o ano de 2024 em nosso sínodo: Confirmados na fé em Cristo.

A palavra grega que a Nova Almeida Atualizada traduz por confirmados é βεβαιούμενοι/bebaioumenoi (particípio presente passivo plural de βεβαιóω/bebaioó). Em dicionários, encontramos seu significado indicado através de conceitos como confirmar, estabelecer, fazer firme, firmar, dar certeza, fortalecer. Na versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje é usada a expressão “se tornem mais fortes”. Na Nova Versão Internacional, temos “firmados”. A New International Version se aproxima da NTLH fazendo uso do termo “strengthened” (fortalecidos).

A instrução de Paulo para que os colossenses vivam firmados na fé que receberam se constrói no contexto da heresia que ameaçava afastá-los da verdade de Cristo que a eles foi tornada conhecida. O modo particípio presente traz a ideia de algo contínuo na vida do cristão, tema que desenvolveremos mais adiante. A voz passiva indica que este estar firme ou ser fortalecido, como sugerem algumas traduções, não se sustenta em uma virtude própria, mas é uma dádiva concedida pelo próprio Deus. Assim como a fé é dom de Deus, também a fidelidade e a perseverança se constroem a partir das promessas divinas às quais o Espírito nos faz apegar. Tais promessas são manifestas através do evangelho e dos sacramentos (a terminologia ligada ao batismo é marcante neste trecho bíblico e na carta como um todo). A Palavra divina ligada a eles os sustenta, os define, faz deles poder de Deus para abençoar. O destaque no ano de 2025 tratará disso em maior detalhe, mas vale destacar que a expressão “como foi ensinado a vocês” aponta para o conteúdo da fé na qual devemos estar firmados. Aqui temos o que os teólogos chamam de fides quae creditur, ou seja, a fé que é crida, confessada, recebida pelos/dos apóstolos. Esta fé declara que Jesus é Cristo, o Messias, o Salvador prometido, o cumprimento das promessas, a confirmação da esperança que sustentou o povo de Deus no Antigo Testamento. Assim, “a fé não é importante porque é um sentimento nosso. Ela é importante porque é fé em Cristo. A ênfase não está no sujeito que crê, mas no objeto da fé – Jesus Cristo”. Este Jesus é o Senhor de nossas vidas, em quem habita a plenitude da divindade. Nele recebemos a vida plena, por intermédio da fé (fides qua creditur – a fé que crê, o ato de confiar) que se apega às suas promessas de perdão e salvação (Cl 2.8-15). Desta maneira, Cristo Jesus é o centro e o alvo de toda e qualquer doutrina, de tudo o que cremos como cristãos. Temos, neste trecho da carta, para muitos, o centro de seu conteúdo devido ao seu profundo caráter cristológico e soteriológico. A isso os colossenses deveriam se apegar firmemente, a isso deveriam permanecer fiéis.

Quando olhamos para outras passagens bíblicas onde a palavra βεβαιóω/bebaioó é utilizada, encontramos (citações da NAA):

– Marcos 16.20, “… confirmando a palavra por meio de sinais…”: temos aqui o último versículo do evangelho de Marcos. Após sua ressurreição, Jesus enviou seus discípulos ao mundo e afirmou que sinais iriam acompanhar os crentes. Na ação missionária desses discípulos, os sinais que a acompanhavam confirmavam a palavra do Senhor. O Senhor cooperava com eles, e os sinais revelavam o poder do evangelho.

– Romanos 15.8, “Cristo foi constituído ministro… para confirmar as promessas…”: o ministério de Jesus, que o colocou como servo entre os judeus, confirmou as promessas feitas por Deus aos patriarcas, e isso é testemunho para os que não creem. Nos versículos 9 a 12, também temos a confirmação das promessas feitas aos gentios. No versículo 12, encontramos a referência à raiz de Jessé, àquele que se erguerá para governar todas as nações, no qual também os gentios colocarão sua esperança (o texto de Colossenses em estudo também fala sobre o senhorio de Cristo).

– 1Coríntios 1.6, “… o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vocês…”: Paulo se alegra por causa da graça de Cristo que enriqueceu aos coríntios, de modo que o testemunho dado se confirmou neles. A eles foram concedidos dons espirituais, de maneira que “…Ele (Jesus Cristo) também os confirmará até o fim…” (1Co 1.8), os fortalecerá, os manterá firmes, pois o Senhor Jesus Cristo é fiel. A fidelidade dos coríntios à mensagem recebida mostra que o Espírito Santo confirma essa mensagem em suas vidas.

– 2Coríntios 1.21, “Mas aquele que nos confirma com vocês em Cristo… é Deus…”: o versículo anterior localiza essa passagem no contexto das promessas de Deus, afirmando que elas são confirmadas em Cristo pelo próprio Deus.

– Hebreus 2.3, “…tendo sido anunciada (a salvação) inicialmente pelo Senhor, depois nos foi confirmada pelos que a ouviram”: o contexto adverte para que não sejamos afastados do testemunho que a nós chegou, da salvação anunciada por Cristo e confirmada a nós por aqueles que dele a ouviram. Não devemos nos afastar do evangelho da salvação que nos foi dado. Negligenciar o dom implica em juízo.

– Hebreus 13.9, “Não se deixem levar por doutrinas diferentes e estranhas, porque o que vale é ter o coração confirmado com graça…”: os versículos anteriores chamam a confiar no Senhor que não nos abandonará, relembrando daqueles que deram testemunho da Palavra de Deus e admoestando a seguir o exemplo de fé deles. Assim, devemos nos manter fiéis ao que nos foi revelado, tendo, desta maneira, o coração confirmado na graça de Cristo.

Na perspectiva deste estudo, o que salta aos olhos quando pensamos sobre o uso do termo βεβαιóω/bebaioó é a ideia de confirmar, reafirmar, fortalecer aquilo que foi dito, que foi entregue a nós. Nos casos acima, isso se refere às palavras, às promessas de Deus para todos os que nele creem. Neste ínterim, cabe a contundente afirmação de que a teologia luterana (a rigor, a teologia cristã) é uma teologia de promessas.

Já no Éden, Deus prometeu enviar o Salvador, e essa palavra fiel ressoou e sustentou tudo o que se seguiu no relato bíblico. O cuidado de Deus com o seu povo, o que é em si uma sombra de sua ação salvadora em Jesus, permeou todo o Antigo Testamento. Constantemente o povo de Deus era lembrado pelos profetas das promessas divinas de libertação e exaltação. Estas os direcionavam para uma esperança futura que os sustentava no presente. Foi justamente no cumprimento da promessa de envio do Salvador que Deus nos trouxe a mais profunda revelação sobre sua natureza e sua vontade para com a criação perdida. Como declara nosso catecismo, é a Palavra de Deus, suas promessas ligadas ao batismo, que garantem as bênçãos que ele concretiza. O mesmo ocorre na ceia do Senhor, doutrina tão central em nossa teologia que se sustenta na promessa de perdão e fortalecimento da fé dada por Deus em sua Palavra. Assim, nós também hoje vivemos sustentados nas promessas de Deus, seu perdão, sua presença, na esperança da manifestação plena do seu reino glorioso.

Deus tem prazer em fazer promessas, mas muito mais do que isso, ele ama cumpri-las. A Bíblia Sagrada está repleta de relatos que confirmam as palavras do Senhor, reafirmam sua presença constante na vida do seu povo e firmam os que nele confiam, fortalecendo a sua fé. A história do cristianismo mostra, em diversos momentos, o cumprimento das promessas divinas, marcadamente aquelas ligadas à ação do seu Espírito ao longo da história, transformando vidas e realidades. Com certeza, você conhece pessoas que vivenciaram as bênçãos e o sustento concedido por Deus em sua Palavra, pessoas cujas graças recebidas confirmam a fé que a elas foi dada. Nós mesmos, continuamente, temos confirmadas as promessas de perdão, vida e salvação de Deus nos sacramentos, na pregação da Palavra, no anúncio do perdão, nos dons espirituais recebidos, na vida que encontra seu real sentido no Criador e naquilo que ele nos diz. O fato de que Deus é fiel àquilo que nos diz traz em si um chamado para também sermos fiéis ao que ele diz, à Palavra que, habitando em nossos corações, cria e fortalece a fé que torna reais em nossa vida todas as suas promessas.

Aqui cabe uma menção à comparação utilizada por Paulo ao falar de Cristo e da igreja. Ele é o noivo, e sua igreja, a noiva. Neste testemunho, o casamento se torna uma metáfora para o íntimo relacionamento que é estabelecido, através da fé, entre Jesus e todos nós. Como é esperado em qualquer outro casamento, também aqui a fidelidade é um dos fundamentos sobre o qual esta relação se constrói. Jesus é fiel. Ele está sempre ao nosso lado, nos sustenta com o seu amor, cumpre cada uma de suas promessas. Nós também devemos permanecer fiéis. Estando firmados naquilo que recebemos, somos chamados a honrar esta belíssima relação, não flertando com ideias ou “argumentos falaciosos” que podem levar à traição, mas buscando viver como é esperado daqueles que estão comprometidos com as bênçãos recebidas, usufruindo e celebrando tudo o que essa relação nos concede.

Confirmados na fé em Cristo – vivendo o que nos foi dado

Após ter escrito a respeito do assunto em “Do Cativeiro Babilônico da Igreja”, Lutero viu a necessidade de defender com ainda mais clareza a doutrina da presença real de Cristo na santa ceia, o que deu origem ao texto “Da Ceia de Cristo”. Este texto se divide em três partes. Na terceira, Lutero apresenta uma confissão de fé, a qual impactou grandemente a elaboração das primeiras confissões de fé luteranas. Neste contexto, encontramos uma belíssima afirmação do Deus que, em graça, faz de si dádiva a todos nós. Afirma Lutero:

“As três pessoas são um só Deus que a todos nós se entregou totalmente, com tudo que ele é e tem.  O Pai se nos dá com os céus e terra e todas as criaturas para que nos sirvam e nos sejam proveitosas. Essa doação, no entanto, foi obscurecida e inutilizada pela queda de Adão. Por isso depois também o Filho se nos deu, presenteou-nos todas as suas obras, seu sofrimento, sua sabedoria e justiça, reconciliando-nos com o Pai, para que nós, novamente vivos e justos, reconhecêssemos e tivéssemos o Pai com suas dádivas. Como, porém, essa graça não seria de proveito para ninguém se ficasse oculta e não pudesse vir até nós, vem o Espírito Santo e também se nos dá completamente. Ele nos ensina a reconhecer a misericórdia de Cristo para conosco, ajuda-nos a receber e conservá-la, a utilizar e compartilhá-la proveitosamente, a desenvolver e promovê-la. Ele o faz de duas maneiras, interior e exteriormente: interiormente, pela fé e outros dons espirituais. Exteriormente, no entanto, pelo Evangelho, pelo Batismo e pelo Sacramento do Altar” (Obras Selecionadas de Lutero, v.4, p.371).

Este texto de Lutero é aqui citado pois acreditamos que ele afirma de maneira clara e muito significativa a compreensão de que tudo o que somos e temos é por graça de Deus. Para o cristão, isso assume um significado ainda mais profundo. Além da própria vida dada a ele em sua concepção, o cristão também recebeu a nova vida em Cristo, entregue através do evangelho da graça por meio do Espírito que se dá a nós ao habitar em nossos corações, ao derramar sobre nós os seus dons. Tendo sido tão ricamente abençoados, não podemos nos deixar enredar por aquilo que pode nos afastar de Cristo e de sua graça. Já somos separados neste mundo para viver como salvos, não como o mundo… Não volte às filosofias, práticas, crendices, ignorância de outrora… Reconheça o que já é seu. O Senhor o libertou. Quando estávamos mortos em nosso pecado, Deus nos “deu vida juntamente com Cristo, perdoando todos os nossos pecados” (Cl 2.13). Agora que temos esta vida, somos exortados a permanecer fiéis a ela, enraizados, edificados, firmados na fé que recebemos. Ao mesmo tempo, por estarmos em Cristo, somos chamados a viver conforme a fé que a nós foi entregue, a viver em Cristo.

No início deste estudo, perguntamos sobre como melhor decidir a respeito de como viver a nossa vida. Para o cristão, a pergunta é mais profunda, pois ela busca saber sobre como viver em Cristo. Aqui retomamos as palavras de Oswald Bayer: “Antes de nos perguntarmos sobre o que devemos fazer, devemos nos perguntar sobre o que nos foi dado”. Tudo foi dado a nós: nossa vida, nosso tempo, o lugar onde Deus nos coloca, nossos bens, as pessoas com quem convivemos, nossa família, nossa congregação, o próprio Cristo, o Espírito e seus dons. Assim, permaneçam confirmados, estabelecidos, firmes, certos, fortalecidos, fiéis ao que receberam, e vivam como dádivas uns na vida dos outros.

Acesse aqui a versão impressa.


[1] Oswald Bayer é um importante teólogo luterano contemporâneo. Escreveu sobre o conceito de promessa na teologia de Lutero. Tem dedicado muito de seu estudo à história da Reforma Luterana.

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