Ser grato é algo interessante. É praticamente uma viagem no tempo, na mente, na história. Viajando pelos dias que já se foram, encontraremos diversos momentos e acontecimentos que vão nos fazer olhar para os céus e sussurrar um “Muito obrigado, Senhor”. Esse mergulho à própria história é subjetiva e pessoal. Cada um viaja para dentro de si e resgata os mais diferentes episódios que convidam a dar graças a Deus. A boa base familiar que teve. Conquistas profissionais. O nascimento do filho. As risadas com os bons amigos. Ou, simplesmente, o fato de estar vivo.
Muito se fala sobre a prática do exercício de gratidão. Antes de dormir, por exemplo, a dica seria listar três situações do dia e, por elas, dar graças. O problema é que esse exercício de gratidão não endereça para onde vai esta ação de graças. Diferentemente da gratidão de um cristão. Quando um cristão agradece, ele reconhece de onde vieram essas bênçãos. E seu louvor não é endereçado à vida, ao cosmos ou a alguma espiritualidade superior. O louvor do cristão tem endereço certo! É para o SENHOR Deus, revelado na Escritura, que salva através de Cristo e que está em nós através do seu Espírito Santo.
Um estudo elaborado pela Harvard Medical School (EUA) afirmou que a gratidão faz bem à saúde mental. Além de ativar áreas importantes do cérebro, a prática da gratidão auxilia no enfrentamento do estresse, auxilia na sensação de bem-estar e ajuda a prevenir a depressão. Esses, por si só, já seriam importantes motivos para desacelerarmos e termos um momento de reflexão e gratidão. Porém, dar graças é muito mais do que uma pequena ilha de calmaria em meio às ansiedades. Dar graças é também uma confissão de fé. Algo do tipo: “Deus cuidou de mim”, “Deus escreveu minha história”, “Hoje sou quem sou porque Deus me chamou e me conduziu”. Ou, um clássico “Ebenézer! Até aqui nos ajudou o SENHOR!” (1Sm 7.12).
Eis aí um grande bálsamo para tantas inquietações e ansiedades que perturbam o coração no aqui e agora. O ato de dar graças. De resgatar na memória como o Senhor foi generoso. De como, no passado, ele cuidou de tudo. De como ele suavizou dores. E como, no seu tempo e da sua forma, Deus cuidou de todas as inquietações lá do passado. Essa gratidão, que na verdade é uma bela confissão, é o alicerce de que este mesmo Deus continua e continuará a cuidar de aflições e dilemas do hoje e do amanhã – como ele cuidou no passado. Isso sim, é um poço de calmaria diante das agitações da vida.
Novembro nos presenteia com o Dia de Ação de Graças. Desafio você, querido leitor e querida leitora do Mensageiro Luterano: viaje para dentro da sua história. Veja suas fotografias. Observe seus filhos. Lembre-se dos seus pais. Enxergue-se onde Deus o colocou. Relembre os dias de glória, mas também os dias de dores. Destaque cinco momentos ou acontecimentos na sua história. E faça a bela confissão de fé: “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”. Que tal compartilhar isso? Publique em suas redes sociais estas cinco grandes bênçãos na sua história e marque o Mensageiro Luterano: @mensageiroluterano. Será um belo testemunho.
Tenho certeza que, dentre suas escolhas, uma delas será igual à minha. JESUS. Gratidão pela sua morte e ressurreição. Pelo seu amor incondicional. Por sua salvação. Graças damos pela nova vida que há em Cristo!
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