A epidemia da solidão

Mesmo diante de tão grande conexão virtual, pessoas estão cada vez mais carentes de conexões reais

Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre uma nova epidemia global. Mas não pense em vírus ou bactéria. Pense na solidão. Sim, isso mesmo. Segundo a OMS, uma em cada seis pessoas sofrem de solidão. Especialmente jovens e idosos. O estudo realizado mostra que, mesmo diante de tão grande conexão virtual, pessoas estão cada vez mais carentes de conexões reais. Prova disso é a Suécia, país onde já há políticas públicas desenvolvidas para que as pessoas conversem mais, encontrem-se mais, façam mais amizades reais.

Solidão dói. E ela pode ser experimentada das mais diferentes formas. O adolescente sem amigos na escola. A trabalhadora que se sente invisível diante dos colegas. A viuvez que deixa um rombo no coração e no lar. O envelhecer esquecido em uma clínica de repouso. O luto que, mesmo cercado de pessoas, nos faz sentir uma solidão sem volta.

Há eventos que fazem essa solidão ser exponencial, elevada ao nosso relacionamento com Deus. No diagnóstico de uma doença. Na gravidez que não acontece. No fracasso pessoal. Na morte dentro da família. Nas culpas vergonhosas que torturam a consciência. Será que Deus nos abandonou? Onde está o Senhor?

Nos tempos do profeta Isaías, o povo de Deus sentia-se sozinho. Reparem no que Deus disse: “O povo de Sião diz: ‘O SENHOR nos abandonou; Deus nos esqueceu’. O SENHOR responde: ‘Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês. Jerusalém, o seu nome está escrito nas minhas mãos’” (Is 49.14-16).

Você é batizado? Então tenha certeza que seu nome está nas mãos do SENHOR. E ele nunca lhe esqueceu. Nem esquecerá. Mesmo na pior dor. Aliás, há sim um rejeitado e esquecido por Deus. Mas foi na cruz. “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?”, clamou Jesus. Graças ao solitário salvador que agonizou na cruz, há perdão ao que crê, há presença, há cuidado, há vida eterna em um Deus que prometeu não nos esquecer.

Então fica a dica: solidão pode ser vencida com bons amigos, abraço apertado, menos telas e mais conexões reais. A pior solidão já foi vencida por nós. Graças a Jesus, temos um Deus que é socorro bem presente que não falta em tempos de aflição. E dele é a promessa: “Estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). 

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