Lemos, vimos e ouvimos, ao longo de 2020, muitas manifestações de que este é um ano perdido, um ano para esquecer, um ano para ser deletado da história do mundo e da nossa vida. Sem dúvida, foi um ano de muitas lutas e lutos, de muitas dores e preocupações, de sofrimentos e perdas, de isolamentos e de muitas saudades. Enfim, foi um ano diferente e desafiador para todas as pessoas, para ricos e pobres, para governantes e governados de todas as nações.
Neste cenário mundial em que vivemos, vale perguntar: há motivos para celebrar o Natal?
Sim! Há muitos motivos para celebrar. E são os mesmos desde o primeiro Natal, lá na distante Belém da Judéia. Afinal, de lá para cá, o ser humano não conseguiu mudar em nada as suas necessidades pessoais, afetivas e espirituais. O mundo, sim, mudou extraordinariamente. O avanço do conhecimento científico e tecnológico criou facilidades e benefícios materiais inimagináveis em todos os setores da vida. A internet e todas as ferramentas da comunicação e interação digital estão aí, ao alcance de um toque, ao comando de uma voz, ao olhar fixo de um usuário. E é impossível saber, hoje, as mudanças que ainda estão por vir nesta e nas próximas gerações. Porém o ser humano continua a perguntar: Quem sou? De onde vim? Por que estou aqui? Para onde vou?
Essas perguntas o ser humano não consegue responder. É Deus quem as responde. E a resposta de Deus começa ainda no jardim do Éden, logo após a queda do ser humano em pecado, com a promessa da vinda do “descendente da mulher”. A resposta de Deus continua no primeiro Natal, com a vinda de seu Filho Jesus ao mundo como Salvador. E continuou com a vida, obra, morte, ressurreição e volta de Jesus ao céu. Deus continua respondendo hoje através da sua Palavra, a Bíblia Sagrada. E Deus vai completar as suas respostas, aos olhos e ouvidos humanos, quando Jesus voltar, no último Natal, não mais como Salvador, mas Juiz dos vivos e dos mortos.
Por isso, mesmo em meio às alegrias e tragédias do nosso dia a dia, temos incontáveis motivos para celebrar o Natal, ainda hoje. Afinal, Natal é Deus conosco! É Deus presente. Agora, sem a presença dele em nossa vida, em nossos lares, não há Natal e não há motivos para celebração.
Com esta edição do Mensageiro Luterano queremos auxiliar no resgate do verdadeiro sentido e significado do Natal. Desejamos que todos celebrem o Natal na sua essência, no amor de Deus por nós e na nossa resposta em amor e serviço a ele e ao nosso próximo. Não apenas nos dias 24/25 de dezembro de cada ano, mas em todos os dias da nossa vida.
Agradecemos o carinho e o apoio que recebemos de muitos, ao longo desse ano. Pedimos desculpas no que falhamos. Estamos motivados em corrigir as falhas e a fazer sempre o melhor para o Reino de Deus, para o bem e a alegria de todos.
Celebremos o Natal! Com Jesus, sempre há motivos para celebrar!
Nilo Wachholz
Editor da IELB