Gosto muito de olhar para essa mata que aparece por cima do muro aqui de casa. Infelizmente a foto não registra o que os olhos veem. Os tons de verde que se completam, a exuberância das cores, a força da mata… são muitos detalhes para contemplar.
Esse final de semana, escutamos o apóstolo Paulo comparando a igreja com um corpo. Um membro servindo ao outro, e todos sendo mantidos pelo cabeça, que é Cristo.
Ao olhar para a mata, ao mesmo tempo singela e imponente, comparações com a igreja de Cristo vieram-me sutilmente ao pensamento.
O que torna a mata estonteante são as texturas, as cores e os tons diferentes, que, juntos, vibram como um acorde harmonioso em tom maior. O que torna a igreja bela são pessoas diferentes que se completam em tom harmonioso por causa de Cristo.
Árvores sozinhas podem até ter sua beleza, mas não se comparam à exuberância de uma mata. Árvores sozinhas, ainda que sejam grandes, são fracas se comparadas à força que transborda aos olhos dos muitos galhos, troncos e folhas juntos e sobrepostos que formam a floresta.
Pessoas sozinhas podem ter sua beleza, esperteza e todas as qualidades, mas não têm como contemplar a diversidade de dons que Deus dá a fim de servirmos uns aos outros.
Se no mato uma planta sufoca todas as outras, toda a beleza, força e exuberância delas se esvai. Se na igreja pessoas forem sufocadas, sua beleza e força se esvai.
Enfim, como toda comparação não é perfeita, essa também não é. Se mal entendida, poderá ser aplicada de maneira bem errada. Por isso deixo aqui o seu propósito: igreja unida é igreja forte e bela. Unida com Cristo e unida com os irmãos.
Daqui posso contemplar uma mata bela e uma igreja exuberante.
Ismael Verdin,
pastor em Piedade, SP