Cautela com as telas

O neurocientista francês Michel Desmurget fez um alerta para a sociedade. Ele fala sobre os malefícios que o uso indevido de telas pode causar no desenvolvimento de crianças e jovens. Prova disto é que, pela primeira vez em um teste que é realizado há anos, esta nova geração tem um QI (quociente de inteligência) inferior à geração dos seus pais.

Não que as telas precisam ser sacrificadas. Não é este o ponto. A questão é um uso descontrolado, excessivo, sem orientação. Ainda de acordo com o neurocientista francês, o uso indevido das telas têm afetado o desenvolvimento emocional, intelectual e físico, além de trazer transtornos em relação ao sono, concentração e criatividade. É preciso saber usar as telas sim, mas com cautela.

Ah, bendito dilema para nós, pais. Ao mesmo tempo em que as telas podem ser uma grande bênção, como aproximar quem está distante e ser uma ferramenta para aprendizado e até mesmo para crescer na fé, as telas também podem ser um grande perigo. Não me sai da mente a frase que ouvi em uma palestra da renomada advogada Patrícia Peck, especialista em direito digital: “enganam-se os pais que acham que seus filhos estão seguros dentro de um quarto e conectados à internet. É como se os deixássemos sozinhos no centro de uma grande cidade, expostos aos mais diferentes riscos”.

Pais das gerações conectadas, uno-me a vocês para ouvir do Senhor: “Pais, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6.4). Necessitamos ter mil olhos sobre o que nossos filhos consomem no mundo virtual, com influenciadores digitais, jogos e youtubers. A fé cristã pode ser corroída lentamente enquanto achamos que nossos filhos estão seguros dentro de nossas casas. Também no mundo virtual o “Diabo anda por aí, como um leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5.8).

A fé em Jesus como o Salvador é o princípio da tão necessária sabedoria para uma boa gestão com as tecnologias. Ele carregou em sua cruz todas as culpas. Culpas dos pais, que trocam sua presença por uma tela. Culpa dos filhos, que fecham seus ouvidos para os pais, mas abrem o coração para conteúdos, no mínimo, duvidosos. Em Jesus há perdão ao arrependido. E sabedoria para um uso saudável das telas. É possível recomeçar.

Então fica a dica: lembremo-nos do alerta do neurocientista francês, Michel Desmurget. Uso abusivo das telas atrofia o desenvolvimento de nossos filhos. E, sem filtros ou controle, também pode ruir lentamente a fé cristã gerada no Batismo.

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