As dores que cegam

Especialistas na área alertam que o pensamento suicida se dá especialmente diante de sofrimentos intensos

     

Setembro chegou. E, com ele, precisamos falar sobre um tema complexo e delicado. O suicídio. A campanha do setembro amarelo é um lembrete que nos salta aos olhos, todos os anos. Precisamos falar sobre o suicídio. Precisamos cuidar uns dos outros. Especialmente nas crises e nas dores profundas que a vida nos dá. E precisamos criar uma cultura de pedir ajuda.

Especialistas na área alertam que o pensamento suicida se dá especialmente diante de sofrimentos intensos. Tão intensos que cegam para a realidade. Cegados pela dor, a tentação é fazermos a escolha errada. Terminar com tudo. Não apenas com aquela crise, mas com a vida. De tão traiçoeira que é essa dor, ela deleta as belezas e encantos da vida. Tudo se torna sem sal. Sombrio. Em tom menor. Todo esse universo de dor pode até ser mascarado por um sorriso social, de conveniência. Mas o coração está aos pedaços.

Deus ama os que estão cegados pelas dores da vida. Deus ama os que estão pensando em desistir. “Ele fica perto dos que estão desanimados e salva os que perderam a esperança”, diz o salmo 34.18. Deus ama tanto que deu o seu único Filho, na cruz, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Neste Jesus, há redenção para uma triste história. Há perdão para um terrível erro. Há consolo para a pior dor. Há uma mão que será estendida quando estivermos sozinhos, no fundo do poço. Mesmo quando as dores nos arrancam da realidade e criam pensamentos suicidas, ainda ali, a mão de Jesus estará estendida, oferecendo resgate.

Se você está passando por um momento assim, peça ajuda. Não afunde sozinho. Leia a Palavra, especialmente os salmos e os evangelhos. Ore. Procure um amigo de confiança. Um familiar. O seu pastor. A ajuda profissional que o SUS oferece. Ligue para o número 188, o Centro de Valorização da Vida. A crise vai passar. E você verá que viver é sempre a melhor escolha.

O luto diante de um suicídio é acentuado. Misturado às dores da perda, podem surgir sentimentos de culpa, remorsos e questionamentos. A mão do Salvador também está estendida para os que carregam este luto. É mão que oferece perdão, consolo, ressurreição dos mortos.

Então fica a dica: cuidar uns dos outros ainda é uma forma de prevenção ao suicídio. Esteja atento aos que sofrem. Eles podem estar mergulhados em dores que cegam e arrancam da realidade. 

Comentários

  1. Importante reflexão para os momentos emocionais de baixa estima (amor próprio em ruínas), de sofrimento por conta de desprezo e rejeições (esfriamento do amor nos relacionamentos) e frustrações profissionais, em que a depressão tende a apertar o coração e o inimigo apresenta uma falsa solução… Curta e compartilhe!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias Relacionadas

Igrejas se unem e tocam sinos pelos 200 anos da imigração alemã

Ação proposta pela comissão do bicentenário: badalar os sinos dos templos - ao meio-dia do dia 25 de julho – por 200 segundos

Veja também

Igrejas se unem e tocam sinos pelos 200 anos da imigração alemã

Ação proposta pela comissão do bicentenário: badalar os sinos dos templos - ao meio-dia do dia 25 de julho – por 200 segundos

Igreja de Candelária, RS, celebra os 200 anos da imigração alemã

Palestra e descerramento de placa alusiva marcaram a data

Convite à igreja

Assista ao vídeo da presidente da JELB, Dagmara Abigail...