Avaliando nossos relacionamentos

O período de pandemia pelo qual estamos passando está desafiando e pondo em xeque muitas coisas. E uma das coisas que está sendo fortemente desafiada é a forma como nos relacionamos com as pessoas.

Com as pessoas mais próximas de nós, aquelas que moram em nossa casa, estamos tendo o desafio de conviver praticamente 24 horas por dia, sete dias por semana, por causa do isolamento social, do cancelamento das aulas presenciais e do trabalho em casa. Por conta disso, os noticiários nos informam que aumentaram grandemente os índices de violência doméstica, especialmente contra mulheres e crianças.

E com as pessoas que não moram conosco, parentes mais distantes, amigos, colegas e irmãos na fé, o desafio é relacionar-se através das redes sociais, dos grupos virtuais de relacionamentos. Também nesses relacionamentos virtuais seguidamente ocorrem ferrenhas discussões e desentendimentos, que não poucas vezes deixam cicatrizes profundas na vida de muitas pessoas.

O fato é que os relacionamentos humanos ficaram seriamente comprometidos desde a queda em pecado (Gn 3). Já no Éden, após pecarem e antes de serem expulsos, Adão e Eva apontavam o dedo um para o outro e se acusavam mutuamente.

O que pode melhorar os nossos relacionamentos? Através de Paulo, Deus responde: “Vocês são o povo de Deus. Ele os amou e os escolheu para serem dele. Portanto, vistam-se de misericórdia, de bondade, de humildade, de delicadeza e de paciência. Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros. E, acima de tudo, tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas. E que a paz que Cristo dá dirija vocês nas suas decisões, pois foi para essa paz que Deus os chamou a fim de formarem um só corpo. E sejam agradecidos. Que a mensagem de Cristo, com toda a sua riqueza, viva no coração de vocês! Ensinem e instruam uns aos outros com toda a sabedoria. Cantem salmos, hinos e canções espirituais; louvem a Deus, com gratidão no coração. E tudo o que vocês fizerem ou disserem, façam em nome do Senhor Jesus e por meio dele agradeçam a Deus, o Pai” (Cl 3.12-17).

O que faz toda a diferença é o fato de sermos e vivermos como povo de Deus, amados e escolhidos por ele. Na sua relação conosco, Deus faz de nós novas criaturas, e isso se exterioriza em nossa forma de ser e agir com misericórdia, bondade, humildade, delicadeza e paciência. Isso nos torna compreensivos, nos dá disposição para ajudar as pessoas em suas fraquezas e necessidades, nos torna dispostos a perdoar os que pecam contra nós e nos faz gratos a Deus e às pessoas por todas as coisas que temos o privilégio de usufruir em nosso dia a dia.

Portanto, se o período de pandemia está nos desafiando e pondo em xeque muitas coisas, ele também é um excelente período para revermos a nossa forma de nos relacionarmos na família, na igreja e na sociedade em geral. Nos relacionamos como filhos de Deus vestidos com misericórdia, bondade, humildade, delicadeza e paciência? Ou estamos nos relacionando como aqueles que não são filhos de Deus, guiados pela velha natureza egoísta, arrogante, preconceituosa e violenta? É tempo de nos avaliarmos à luz da Palavra de Deus.

O que nos torna filhos de Deus e viabiliza as nossas relações interpessoais é a fé em Jesus Cristo, o santo Filho de Deus, que deu a sua vida em nosso favor. Ouçamos o que ele nos diz, confiemos nele e ele nos capacitará a nos relacionarmos em amor!

Pastor Geraldo Schüler

Presidente da IELB

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias Relacionadas

HO HO HO – Aquela conversa sobre o Bom Velhinho chegou

“O Papai Noel não é o centro do Natal, mas o que o bispo Nicolau, que foi o primeiro Noel, fazia – a fé no Jesus menino, que ele demonstrava com atos –, isso é o centro.”

Veja também

HO HO HO – Aquela conversa sobre o Bom Velhinho chegou

“O Papai Noel não é o centro do Natal, mas o que o bispo Nicolau, que foi o primeiro Noel, fazia – a fé no Jesus menino, que ele demonstrava com atos –, isso é o centro.”

Legados da imigração alemã no Brasil

IMIGRAÇÃO ALEMÃ – 200 ANOS Numa edição anterior, falamos das...