O que sobrou depois de mais uma Páscoa? Bem, começando pelos mercados, é fácil encontrar os caríssimos ovos de chocolate e guloseimas com preços bem mais acessíveis. Imagino também que exista aquela luta dos pais para que os filhos não devorem todos os chocolates que ganharam, mas que comam tudo em suaves e longas prestações, um pouco a cada dia. Sem falar nas dietas malucas, chás milagrosos e academias lotadas. Tudo para aliviar a consciência e a balança depois de assumir, mesmo por poucos dias, seu lado chocólatra.
É isso aí ou ainda falta algo que restou da Páscoa? Se é assim mesmo, é só colocar o pé no acelerador e enfiar a cabeça na rotina diária. Segue a vida. Trabalho, escola, lazer. Até que, pertinho da Páscoa de 2025, comece tudo de novo. O coelho voltará a aparecer, os ovos de chocolate estarão ainda mais caros e os chocólatras se culparão novamente nos dias depois da Páscoa. Se sua Páscoa foi só assim, realmente, agora não há mais nada para comemorar e celebrar.
Mas existe a Páscoa raiz, a Páscoa cristã, a Páscoa do Jesus ressuscitado. Que continua ecoando há quase dois mil anos. Todos os túmulos da história da humanidade guardam a morte, com sua dor e sofrimento. Mas existe apenas um túmulo que já está vazio. É o túmulo do Salvador Jesus, Deus vivo, vencedor sobre a morte. E dele é a doce promessa: “E, porque eu vivo, vocês também viverão” (João 14.19). O que sobrou depois de mais uma Páscoa? Ao invés de culpas, perdão. Ao invés de inferno, céu. Ao invés de vida vazia, uma vida redimida. Ao invés de um túmulo eterno, ressurreição. Tudo graças a Jesus ressuscitado.
Então fica a dica: a Páscoa Nutella (sim, chocolate!) já terminou. Mas a Páscoa raiz, cristã, continua ecoando por todo o universo. O Redentor vive. Ele redimiu toda a criação de Deus, reconquistou tudo o que estava perdido. E sob estes ares da Páscoa vitoriosa vivemos nossas histórias, vitórias e derrotas, sonhos e medos. Tudo com a certeza de que estamos nas mãos daquele que vive, vitorioso.