Um ano depois de ser devastado pelos ciclones Idai e Kenneth, Moçambique sofre novamente pelos estragos causados pela natureza. O Ciclone Chalane chegou a cidade da Beira, no dia 30 de dezembro de 2020.
O pastor André Plamer, que juntamente com o pastor Carlos Winterle, acompanha nossos irmãos africanos, relatou que, antes de chegar a Moçambique, o Chalane, na forma de tempestade tropical severa, deixara um rastro de destruição em Madagascar. Mas, quando entrou no canal de Moçambique que fica entre a ilha de Madagascar e Moçambique, encontrou as condições favoráveis para se tornar um ciclone.
“Num primeiro momento, até onde sabemos, o ciclone não tirou vidas dos nossos irmãos da igreja, mas pode trazer a tragédia por meio das enfermidades oriundas das águas contaminadas e da fome, isso por que muito perderam seus mantimentos com as chuvas”, observou Plamer, acrescentando que de toda a forma o ciclone trouxe muita destruição de ordem material: “Por exemplo, os todos irmãos da Beira perderam suas casas com a tempestade, ficando desalojados. Mas isso não lhes tirou a alegria de reconhecer o cuidado de Deus em suas vidas. O local do templo foi preservado”.
Já em Nhamatanda, a nossa Igreja foi destruída e praticamente toda a região foi inundada. Também foram atingidas as regiões de Gôndola, Chimoio, Morrumbala e Inhaminga.
Plamer destacou que ainda não há uma dimensão clara dos estragos, mas parece que são bem menores do que os causados pelo Idai e o Kenneth, que assolou Moçambique em 2019.
O presidente da Igreja Cristã da Concórdia em Moçambique, reverendo Rui Jalene Sousa, está enviando o irmão Abel Sifa (responsável pelo departamento da comunicação da ICCM) para as zonas afetadas a fim de reportar os reais estragos que o ciclone causou e ajudar nossos irmãos espiritual e assistencialmente. “Agradecemos a Deus por não haver nenhuma morte dos nossos membros até o momento, mas alguns dos irmãos já estão com diarreia, vômitos, dores de barriga e etc, provocados pelo consumo de água imprópria principalmente nos distritos de Nhamatanda e Inhaminga, locais cujas assistências médica e medicamentosa são muito escassas”, relatou Sifa.
Os pastores Plamer e Winterle procuram apoiá-los, com orações e orientação práticas com relação aos cuidados para evitarem doenças e, em alguns casos, ajudar a combatê-las com atitudes simples que podem ajudar a salvar vidas. “Por exemplo, orientei o povo a fazer soro caseiro para evitar a desidratação nos casos de diarreia, a ferver a água antes de tomar, também passei dicas de alguns chás e alimentos que são benéficos para casos específicos, assim como os alimentos que devem ser evitados para combater diarreias”, citou Plamer.
Para saber mais sobre a missão em Moçambique e ajudar nossos irmãos africanos, clique aqui ou entre em contato com o coordenador do FAPI, Rev. Airton S. Schroeder, pelo e-mail [email protected].