Na história do povo de Deus, tivemos momentos de sofrimento e tristeza, mas também de paz e alegria. Tudo começou perfeito com o ser humano habitando um lindo jardim e conversando diariamente com o seu Criador. Depois de um tempo, toda aquela paz se transformou em um pesadelo com o início do pecado e da morte. O ser humano se afastou de Deus, desobedecendo o seu mandamento de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Foi assim que Adão e Eva conheceram o que nós conhecemos hoje, que traz tormentos, medos, angústias, doenças e a morte – o vírus chamado pecado. E foi no Éden em meio à uma grande desordem, que Deus disse pela primeira vez: Vai passar!
O pecado escravizou o povo de Deus. No tempo de Noé, a situação pecaminosa das pessoas estava tão fora do controle que Deus resolveu começar de novo após o dilúvio. Então, veio o sofrimento pelas águas e o alívio por meio da arca. E foi por meio da vida da família do Noé e pela grande arca que Deus continuou dizendo: Vai passar!
No entanto, o tempo provou que o pecado é um inimigo muito forte e combativo. O povo não aprendeu com os seus erros e foi condenado a escravidão no Egito. Foi um período duro, que possibilitou momentos de reflexão diante de uma situação tão delicada. Então, Deus chamou Moisés para libertar o seu povo escolhido. Por meio de Moisés, Deus procurou o Faraó para conversar pedindo que libertasse o seu povo, pedido que foi negado. Deus então realizou muitos sinais provando o seu poder e exigindo que os seus filhos fossem libertados. No entanto, mesmo diante de tantas evidências divinas, o povo continuava escravizado. Foi no desfecho do último sinal, quando o anjo de Deus passou e feriu todos os primogênitos, inclusive dentre os animais, que o Faraó permitiu que o povo fosse embora.
Antes, porém, Deus combinou um ato de fé. Naquela noite, aqueles que acreditavam em Deus deveriam ficar em casa e passar nas portas o sangue do cordeiro, pois, naquele lar a morte não entraria. A morte vai passar, disse Deus. Ao povo de Deus foi garantida a vida por meio de uma aliança eterna e um testemunho de fé. Para esse momento da nossa história com Deus damos o nome de Páscoa. A vida e a libertação foram dadas por Deus pela confiança na Palavra do Senhor que afirmava: passem o sangue do cordeiro e tudo vai passar e ficar bem.
Neste mês, celebramos a Páscoa de Jesus – o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O mesmo Deus nos liberta hoje do poder do pecado e nos perdoa. A vida de Jesus garante que nós também viveremos. O seu sangue derramado na cruz e a sua vitória sobre a morte colocaram em nosso coração a esperança e a certeza de que tudo vai passar e ficar bem.
Vivemos dias em que precisamos ficar em nossas casas, pois, uma doença mortal nos impede de nos encontrarmos e nos abraçarmos. Não há necessidade de passarmos o sangue do cordeiro nas portas. Isso ficou marcado na história. O sangue perfeito do Cordeiro de Deus já se espalhou na cruz para pagar as dívidas dos pecados da humanidade em todos os tempos. Com o pecado perdoado, pela morte de Cristo, e com a vida garantida, pela ressurreição de Jesus, temos a convicção de que a promessa de Deus de que tudo vai passar e ficar bem, foi cumprida. Temos coisas a passar nesta vida; sejam coisas difíceis: vírus, doenças, solidão, isolamento social, pecado ou a morte; sejam coisas boas: família, amigos, coragem, paz, abraços, saúde, prosperidade e perdão. Na companhia de Jesus, temos a esperança e a certeza de que todas as coisas vão passar, a fim de que tudo fique muito bem por toda a eternidade.
Acredite, tudo vai passar e ficar bem quando chegarmos no céu! Amém.