A Palavra do Senhor nos ensina: “Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” (Fp 4.8 NTLH). Imagino que você se unirá a mim neste reconhecimento de que nem sempre o nosso coração e mente estiveram direcionados a esse propósito. Como é importante o reconhecimento, a confissão do erro, a entrega completa e a confiança que Jesus nos perdoa de todos os pecados e nos recoloca novamente nos eixos, no bom caminho da sua verdade.
Vivemos momentos e situações complexas em 2022. Quanta idolatria, falsidade, intolerância, falta de empatia. Quantas vezes não me permiti nem ao menos ouvir do meu amigo ou irmão o contraditório. Quanta energia e tempo desperdiçados com coisas que não edificaram, que comprometeram a caminhada de irmãos, pais, filhos e pessoas à nossa volta que até nos olhavam com apreço, mas que, diante de certas condutas, se afastaram.
Conheço muitos amigos, irmãos luteranos e de outras denominações, que se afastaram da comunhão, do convívio fraterno da igreja por questões seculares que ocuparam inclusive os púlpitos como sendo verdades de Deus. Facilmente esquecemos o propósito do ser igreja, o viver em Cristo – “Fiz -me fraco para com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, a fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co 9.22 NAA). Nessa retrospectiva, qual foi a marca da sua caminhada? Foi esse exercício diário de ajudar e resgatar os perdidos? Foi fazer de tudo para com todos? Como é especial o chamado de Deus redirecionando o nosso viver no novo ano que se inicia: “Procurem viver em paz com todos e busquem a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Cuidem para que ninguém fique afastado da graça de Deus, e que nenhuma raiz de amargura, brotando, cause perturbação, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12.14,15 NAA)
O ano velho não quero mais, com tudo que não construí nem edifiquei. Quero encher a minha mente com tudo que é bom, com tudo que possa curar e salvar mais pessoas. “Num mundo que tanto passa fome e investe na destruição”, quero lutar por mais justiça e paz. Vamos, juntos, lutar pela paz, pela comunhão sem moralismo, sem falsas verdades, antes, que todo nosso esforço seja que as pessoas nos vejam como pequenos “cristos” e que desfrutem da nossa presença como luzeiros deste mundo.
Sim, ano novo, vida nova, MAIS CRISTO e menos “eu”, desfrutando do privilégio de “enxertados e enraizados nele”. Quero ver todos os meus irmãos e amigos na igreja em comunhão, fazendo a obra com amor e motivação enquanto é dia! Meu propósito será esse. E o seu, qual será? Que tal trocarmos boas experiencias desta vivência de fé (+ Jesus e – eu) no Congresso Nacional de Leigos, em setembro?
Oremos: “Neste ano começado, queremos suplicar, ó nosso Pai amado, que venhas nos guardar, que noite e dia esteja conosco o teu poder, e possa a tua igreja sua obra aqui fazer. Ó Salvador! Confiamos em tua compaixão e com fervor buscamos a graça do perdão. No teu poder, transforma o nosso fraco ser, e em tua excelsa norma nos faze aqui viver. Que seja de ventura este ano que nos dás, de celestial doçura, de vida em tua paz. Converte o pranto e a morte em bençãos para os teus; com mão graciosa e forte conduze-nos aos céus” Por Cristo. Amém! (HL, 54)
Jonas Eduardo Lindner
Curitiba, PR
Pastor conselheiro da LLLB