O calendário que a igreja segue é recheado de datas comemorativas. Há as festas cristãs maiores e menores. Entre março e abril deste ano, temos algumas festas importantes como o Dia da Anunciação (25/03), a Paixão de Cristo (02/04) e a Páscoa (04/04). Estas fazem parte do grupo das festas maiores, assim como o Natal, por exemplo. E no grupo das festas menores, temos os dias comemorativos de vários personagens bíblicos durante o ano. No dia 19 de março é comemorado o Dia de José (ou São José), tutor de Jesus, como uma lembrança da história deste servo silencioso de Deus.
Há poucos relatos de José de Nazaré na Escritura. Aliás, se você procurar na Bíblia as falas de José, não encontrará! Pois não há nenhuma fala de José na Bíblia! Mas isso não significa que ele não tenha dito nada ou que nada tenha feito. Apesar de não termos relatos das falas de José, não podemos ignorar que ele foi um homem importante na criação e cuidados do Filho de Deus, Jesus. Há relatos importantes de suas atitudes, decisões e fé!
A mensagem do anjo no Natal é clara: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.20b-21).
Mas porque um texto de Natal quando estamos prestes a comemorar a Páscoa? Porque assim como o Natal aponta para a cruz, a cruz aponta para vinda do Messias, o Salvador da humanidade. E Deus envolve pessoas na vinda de Jesus ao mundo.
José assumiu sua responsabilidade. Ocupou lugar importante nos relatos evangélicos do nascimento e infância de Jesus, os quais encontramos em Mateus e Lucas. Assumiu todas as funções de chefe de família, marido, deu nome a Jesus, decidiu os caminhos que a família deveria seguir na fuga para o Egito e no retorno de lá e decidiu fixar morada em Nazaré. José é apagado dos relatos da vida adulta de Jesus, mas é lembrado quando Jesus é identificado como “filho do carpinteiro” ou como “o filho de José, de Nazaré”.
A vida de José poderia ser resumida em quatro palavras que destacam suas atitudes: fidelidade, obediência, fé e amor. Fidelidade e obediência em seguir as orientações do anjo enviado por Deus. Fé por aceitar e acreditar que o menino Jesus seria o Salvador. E amor em cuidar e educar deste que não era seu filho, mas que foi lembrado como se fosse. Jesus, o filho de Deus e o filho do carpinteiro.
A história de José é a história de muitos cristãos. Quantos de nós são como José, que aparentemente passam despercebidos servindo a Deus no estábulo? Quantos “Josés” estão na nossa família e na nossa igreja? Quantos “Josés” são lembrados pelo ofício de pai e por sua profissão?
Entre seus amigos e amigas você encontrará o filho do mecânico, da costureira, do médico, da professora e de tantos outros. Pessoas que, apesar de aparentemente passarem despercebidas na sociedade, servem a Deus como pais, mães e em suas profissões.
A reflexão é importante para saber que todos têm lugar na vida de Jesus, e Jesus quer que todos estejam com ele. Falem pouco, falem muito, todos temos um pouco de José na nossa vida. Todos temos a Salvação garantida em Jesus. Feliz Dia de José!
Franco Thomassen
Pastor em Erechim, RS