Dia do Orgulho Gay

O dia 28 de junho foi escolhido como o Dia Internacional do Orgulho Gay. Por conta disso, perceberam-se bandeiras coloridas e publicações de apoio, feitas por empresas, clubes de futebol e personalidades públicas.

E eu, como cristão, como me posiciono? Ofereço meu apoio à luta contra a violência. Nosso Senhor Jesus condenou até mesmo pensamentos violentos, quanto mais palavras e gestos (Mt 5.21-22, 38-45). Apoio firmemente a luta contra a homofobia, no entanto, preciso dizer que não apoio a expressão: “orgulho gay”. Assim como não acho edificante a grande confusão criada por aqueles que a cada dia criam um novo gênero!

Parece-me que, na ânsia de lutar contra a homofobia, criou-se não apenas uma defesa e apologia à diversidade sexual, mas um forte incentivo. E, nessa hora, preocupo-me especialmente com as crianças. Sou daqueles que pensam que sensualizar a vida infantil gera crises de identidade e falta de segurança. Acredito que parte dos surtos de ansiedade e depressão são alimentados pela aceleração irresponsável da construção da identidade sexual. A tentativa quase acrobática de criar um número enorme de gêneros sexuais, além dos criados por Deus (masculino e feminino), não tem trazido elucidação, mas confusão! E digo com todas as letras: não é nada sadio para o desenvolvimento emocional.

Em minhas leituras e meditações, percebo que ninguém é melhor que ninguém! Não se trata de uma simples sentença teológica; pois basta olhar e perceber que todos somos pecadores! Há muita hipocrisia e pouco acolhimento! Estamos imersos em diferentes tipos de pecados. Na Bíblia percebo claramente que as práticas homossexuais são pecaminosas (Rm 1.24-27). Em certo momento elas são descritas como abomináveis diante de Deus (Lv 18.22). No entanto, as Escrituras também declaram como pecado quando heterossexuais traem suas esposas e enganam seus maridos! Sendo assim, se um homossexual fosse colocado no centro de uma roda de acusação e se o Senhor Jesus dissesse que aquele que não tem pecado deveria atirar a primeira pedra (Jo 8), quem poderia, com o coração sincero, lançar a pedrada? Seria uma grande hipocrisia!

Guiados pela Palavra de Deus, somos convidados a dizer não à homofobia; mas também somos convidados a exercer a sexualidade de acordo com as orientações divinas, vencendo desejos pecaminosos com a força que vem de Deus!

Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam! (Lc.11.28). Todos somos falhos, mas, em Jesus, é possível mudar de vida! É possível celebrar a paz! Não é necessário e nem saudável causar tanta confusão de identidade sexual na cabeça de nossos meninos e meninas, nem agir violentamente contra os que pensam diferente de nós.

As misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã (Lm 3.22). Por isso, todo dia pode ser “dia de orgulho”, de muito orgulho! Mas não pelo que somos, fazemos ou deixamos de fazer, mas pelo que Jesus fez por nós (2Co 10.17)! Cada dia podemos renovar nosso amor e respeito por todas as pessoas ao nosso redor. Afinal, todos pecamos e precisamos completamente da graça de Jesus. Somente o manto da justiça de Cristo pode cobrir todo o nosso pecado! Que todos saibam que Jesus está pronto a estender e nos cobrir com sua misericórdia!

Em Jesus, descobrimos nossa identidade, como filhos de Deus. Nele encontramos segurança e sentido na vida, inclusive no exercício da sexualidade, que é mais um dos dons do Pai do Céu.

Ismar Lambrecht Pinz

Pastor – [email protected]

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