Em 22 de fevereiro de 2021, o mercado das criptomoedas acordou em polvorosa.
Após um período de alta, o Bitcoin sofria uma correção com uma queda de mais de 18% em poucas horas.
Tendo alcançado incríveis 315 mil reais, despencava para 260 mil reais.
No momento em que escrevo este artigo, assisto nos grupos em que interajo, algumas pessoas se desesperando, vendendo seus Bitcoins, proferindo xingamentos. No entanto, uma parcela, como eu, estava extremamente calma.
O que difere esse comportamento dentro de um mesmo grupo?
A resposta é: conhecimento.
Quem entende de criptomoedas, e mais especificamente do Bitcoin, sabe que ele sofre uma correção a cada trimestre. Não se sabe o dia nem a hora, nem o percentual. Mas sabe que vai acontecer. E mais, sabe que, após a correção, a alta é maior e os benefícios serão maiores.
Por outro lado, aqueles que não quiseram estudar, não quiseram aprender, mas somente investir para ter lucro, acabaram por amargar prejuízos – dependendo do caso – enormes prejuízos.
– O que isso tem a ver com a vida cristã?
É uma alegoria. O cristão, que tem fé na ressurreição, é como se fosse o grupo que se dedicou a estudar e aprender sobre o Bitcoin. Ele estudou as Escrituras, seguiu as Escrituras, manteve sua vida em congregação, e sabe, tem certeza, de que a morte virá, para todos, só não sabe o dia nem a hora. Esse cristão não se desespera em meio à morte, pelo contrário, ele age tranquilamente, e faz isso porque tem esperança.
Essa esperança é a fé de que a ressurreição é o benefício muito maior que vem após a morte. Um benefício inimaginável, como diz o apóstolo Paulo (Fp 1.21): “Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro”.
Infelizmente, no dia do Juízo Final, veremos muitas pessoas se desesperarem, porque nunca quiseram aprender sobre essa esperança; e, assim como os investidores de Bitcoin, passaram suas vidas tentando almejar por lucros sem sequer saber onde estavam pisando.
Estamos vivendo o princípio das dores. Tudo que nosso Senhor Jesus Cristo falou que iria acontecer está acontecendo: guerras e rumores de guerras. Fome. Doenças. Famílias se desintegrando (Mt 24.6-8).
Mas ele também disse: “Não se assustem” (Mt 10.31) é um consolo. E prometeu: “Quem ficar firme até o fim será salvo” (Mc 13.13), é esperança.
O evangelho é assim: consolo e esperança.
De que forma pode haver consolo?
O próprio Jesus afirmou estar conosco. Ele está junto, e estando junto, não devemos temer, nos amedrontar, como Pedro fez no barco (Mt 14.30).
Em todo seu tempo aqui na Terra, Jesus sempre nos encorajou e ainda nos encoraja: Não tenham medo. E a esperança está nas suas promessas: Quem permanecer será libertado; quem resistir será coroado.
Eu tenho essa tranquilidade, e gostaria muito que você, que estiver lendo esta revista, tenha a mesma tranquilidade que eu tenho com relação à morte. Caso você ainda não tenha, entre em contato com uma igreja mais próxima de sua casa, consulte nosso site: ielb.org.br.
Fábio Leandro Rods
Advogado, Porto Alegre, RS