Assim é descrita a obra de Cristo, realizada na Páscoa, em favor de nós, pelo profeta Isaías, inspirado por Deus.
Que bela, doce e consoladora mensagem Deus mandou Isaías nos trazer: éramos como bois impotentes, subjugados a uma canga, atordoados pelo aguilhão daquele que nos dirigia, pelo caminho mau. Que vida miserável! Além de estarmos presos, incapazes de decidir, éramos humilhados pelo chicote ou vara do diabo, para nos induzir pelo caminho mau, a caminhar cabisbaixos, sentindo o aguilhão a nos empurrar para o inferno.
Como dizia Davi: “Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51). Desde o nascimento não nos restava outra opção, senão servir ao diabo e seguir a sua vontade. Éramos escravos do pecado, da morte e do diabo. Maldita vida!
Mas o Criador se compareceu de nós. Viu nossa triste situação e arquitetou um plano de graça, para nos livrar. Enviou seu Filho Jesus Cristo para “quebrar a canga”, “livrar-nos do aguilhão” e do poder do diabo, assumindo ele mesmo o pecado com o qual nascemos e pagando-o na cruz. Ressuscitado da morte, aniquilou o poder do diabo. Assim zomba o apóstolo Paulo: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde, ó morte, a tua vitória? Onde, ó Diabo, o teu poder?” (1Co 15.55).
Com isso, o Criador consola os cristãos e diz: Eis que vocês agora são livres. Não precisam mais pecar, nem andar pelo caminho mau. “VINDE A MIM!” Nem o diabo, nem a morte tem mais poder algum sobre vocês. Não há mais dívidas a serem exigidas pelo diabo: “Pelas suas pisaduras fomos curados. O castigo que nos traz a paz estava sobre Cristo”(Is 53).
Não desprezemos tamanho privilégio, como lamenta o Criador: “O boi conhece o seu proprietário, e o jumento sabe quem lhe enche o cocho. Mas o meu povo não compreende” (Is 1.3).
Que o raiar da ressurreição de Cristo na Páscoa nos encha da alegria de nos sentirmos livres do poder do diabo, do pecado e da morte, e nos faça transbordar de júbilo, reconhecendo quem é o nosso Senhor, ouvindo-o, seguindo-o e servindo-o em plenitude de gratidão, paz e esperança.
Pois disse AQUELE que não é homem para mentir: “EU VIVO E VÓS TAMBÉM VIVEREIS!”
“Eu sou a ressurreição e a vida. Todo aquele que crer em mim, ainda que morra, viverá!“(Jo 11.25)
Edison Glienke
Florianópolis, SC