Onde aprendi sobre Jesus, sempre disseram que a fé era uma obra minha. Eu sabia que ele foi morto por mim, eu sabia que ele levou sobre si todos os meus pecados, “agora você só precisa aceitar”, era o que diziam. Era eu quem dava o passo decisivo para a minha salvação. Isso me assustava. Se tudo dependia de mim, falho como sou, será que eu conseguiria? Nessa decisão pela fé, o primeiro passo seria o meu batismo.
Eu vivi toda minha infância numa igreja, mas entendia-se que eu ainda não tinha a fé, porque eu não tinha pleno entendimento do pecado e da salvação. Tão logo atingi a adolescência, puderam então identificar em mim essa “fé”, pois agora eu já conseguia declará-la, eu conseguia dizer “Eu creio”.
A partir disso fui inserido no rito de declaração pública de minha fé, o batismo. Sim, hoje fico muito triste em imaginar que se possa conceber que o batismo seja algo tão pequeno. Um símbolo público apenas.
Não, o batismo é o início de tudo. As Escrituras Sagradas nos mostram algo muito maior. Na verdade, eu recebo de graça todo o caminho. Eu recebo a graça mediante a fé, e tudo isso é um presente de Deus.
Ele morre por mim e ele aplica tudo isso para a minha salvação. Ele me dá a fé e isso ele faz por meio do batismo: Atos 2.38-39; Gálatas 3.26-27; Tito 3.5-7; e 1Pedro 3.20-21. Por isso não há na Bíblia nenhuma limitação de idade para o batismo. Por isso batizamos nossas crianças, porque todos nascemos em pecado e carecemos do perdão de Deus que, como disse o apóstolo Pedro, recebemos no batismo.
Assim, hoje, exulta meu coração ao ver meu filho, ainda bebê, ser batizado. Glória a Deus que concede a fé e o perdão por sua graça, “e isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8).
TEXTO de Carllos Eduardo @carlloseduardosantos, papai do bebê Augusto, batizado no Domingo de Ramos na Congregação Evangélica Luterana Da Cruz, de Goiânia, GO.