Além de Deus, o pai do menino a repousar nos braços de Maria, também é José, sobre quem pouco sabemos. Deve ter sido um cara quieto, pois não há nenhuma fala dele na Bíblia. A última vez que apareceu nas Escrituras foi quando Jesus tinha 12 anos e viajou com os pais a Jerusalém, onde surpreendeu a todos no templo. Em Lucas 2.49-51, Jesus responde aos pais aflitos à sua procura: “– Não sabiam que eu tinha de estar na casa de meu Pai?” Mesmo assim, logo após é dito que “voltou com eles a Nazaré e era submisso a eles.”
O pouco que é falado sobre esse pai nos evangelhos, indica o quanto foi importante para compor a família do Salvador do mundo. Era um homem justo, honrou a missão de cuidar da mãe do filho de Deus e do próprio filho de Deus, em quem ele mesmo pôs o nome de Jesus, seguindo o que lhe disse o anjo. José estava lá quando nasceu o Emanuel! Foi um pai presente na infância e adolescência de Cristo, ensinando não apenas suas habilidades manuais, mas valores e virtudes. José se tornou um modelo cristão de paternidade. Em alguns países, por exemplo, Andorra, Bolívia, Espanha, Honduras, Itália e Portugal, o Dia dos Pais é em 19 de março, dia de São José.
No Brasil, conta-se que, inicialmente, a data era 16 de agosto, quando a Igreja Católica celebrava São Joaquim, pai de Maria, a mãe de Jesus. O dia dedicado ao santo mudou: Joaquim passou a ser celebrado em 26 de julho, junto de Ana, mãe de Maria, virando Dia dos Avós. Mantiveram o mês de agosto e seguiram a dinâmica do Dia das Mães. Assim, desde a década de 1950, a data é celebrada no segundo domingo de agosto. Cá entre nós, até esse detalhe mostra como os pais são, em geral, pacatos cidadãos. Se é para o bem da família, aceitam até a troca de data festiva. Imagina se fizessem isso com o Dia das Mães…
Admiro o pai que reconhece os espaços que a maternidade ocupa, e, mesmo “na sua”, está sempre ali, pronto para exercer seu papel essencial de líder, dando colo, abraço. Ele ensina a voar, enquanto a mãe ainda quer manter os filhos debaixo das asas. Seus conselhos e orientações marcam a vida daqueles que levam o seu sobrenome.
Me sinto privilegiada em, algumas vezes, comemorar meu aniversário no Dia dos Pais, o que ocorre neste ano: dia 13 de agosto! Tenho a sorte de festejar meu nascimento e também o fato de ter um pai que logo cedo me apresentou ao Pai Celestial, ensinando o caminho da salvação. Agradeço por chegar aos 40, sendo amada, orientada e amparada por Deus e pelo meu pai Bruno, exemplo de fé em minha vida. Um fato curioso é que, justamente quando chego nos ENTA, tem alguém saindo deles.
Nesta mesma data querida, a Editora Concórdia completa 100 anos. Desde 1923, tem publicado a PALAVRA que permanece, ajudando as famílias a passarem às novas gerações os ensinamentos bíblicos. Parabéns aos que, apesar dos desafios ao longo desta trajetória centenária, dedicaram-se a manter as portas da casa publicadora abertas. Um deles é o Rev. Nilo Wachholz, editor, à frente desse trabalho há 15 anos. Foi a convite dele, em 2009, que eu, recém-formada em Jornalismo e retornando de um estágio na Alemanha, entrei para a equipe da Editora Concórdia – meu primeiro local de trabalho com carteira assinada. De 2014 a 2022, servindo a Deus na direção da IELB, tive o privilégio de novamente trabalhar junto ao pastor Nilo. Graças à visão e ao talento dele na área da comunicação, muitas pessoas tiveram a oportunidade que eu tive, de colocar suas vocações profissionais a serviço do reino de Deus. Obrigada, pastor, por tudo que me ensinou e continua ensinando.
Deus seja louvado pelo José, pelo Bruno, pelo Nilo, por você, pai cristão! Homens fiéis a Jesus, que, por meio de suas vidas, guiados pelo Espírito Santo, apontam para o Pai Celestial!
*Assista a essa mensagem, em vídeo, no canal Youtube.com/AlineKoller