A ressurreição de Jesus

Há diferenças entre as narrativas sobre a ressurreição de Jesus nos quatro evangelhos. Como devemos entender isso?

Mt 28.1-8; Mc 16.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-10

Preparamos com muito cuidado e carinho todos os conteúdos do Mensageiro Luterano, sempre na expectativa de que sejam lidos por alguém em algum momento e lugar. Para ajudar o(a) amigo(a) leitor(a), sugerimos que este texto seja lido como um complemento ao texto da p.12, do prof. dr. Vilson Scholz, cujo resumo é: só temos quatro evangelhos!

Para responder à pergunta do título acima, de como devemos entender as diferenças entre as versões dos quatro evangelhos, sobre a ressurreição de Jesus, trazemos as considerações do dr. Paul Maier, em Jesus, verdade ou mito?, uma publicação da Hora Luterana. (Saiba mais sobre esse ministério em www.horaluterana.org.br).

“Estas quatro diferentes versões que temos dos acontecimentos é algo maravilhoso. Algumas pessoas têm dificuldades com essas diferenças. Eu digo: ‘Aleluia!’ Quero que sejam diferentes. Por quê? Porque as pes­soas ao observarem um mesmo acontecimento, o descreverão depois de modo diferente. Eu creio que, de todos os modos, isso é algo positivo e não negativo.

Para mim, isto prova que Mateus não copia cegamente o texto de Marcos, o qual não copia cegamente o texto de Lucas, o qual não co­pia cegamente o texto de João. Estas são, de certa maneira, fontes in­dependentes que contribuem enormemente para determinar este acontecimento excepcional e extraordinário.

Existe outro aspecto importantíssimo a ser lembrado. Vocês, alguma vez, já se deram conta da importância de terem sido mulheres as primeiras testemunhas da ressurreição? Isso nos mostra que esse acontecimento não foi inventado. Por quê? Por que, há dois milênios, as mulheres não eram consideradas em grau de igualdade com os homens. O testemunho delas sequer era aceito em um tribunal, porque acreditavam que elas eram donas de imaginação muito fértil e que elas não eram capazes de relatar fatos corretamente. Isto soa terrível aos dias de hoje, entretanto, era assim há 2000 anos.

Felizmente, os quatro Evangelhos relatam a participação decisiva das mulheres no anúncio da boa notícia da ressurreição do Salvador. Se fosse algo planejado pelos apóstolos, naquele contexto cultural e religioso, eles jamais teriam envolvido mu­lheres como as primeiras testemunhas da ressurreição. Eles nunca teriam idealizado uma história deste jeito, porque, desta forma, eles teriam levado à ruína os seus objetivos. Esse relato dos Evangelhos, que confere às mulheres a primazia de serem as primeiras testemunhas da sepultura vazia, é maravilhoso! Isto de­monstra a honestidade dos redatores da Igreja primitiva. Eles não tentaram mudar a história ante este fato embaraçoso, para aquela época, de ter as mulheres como as primeiras testemunhas. Esta honestidade está presente também no fato de que não tentaram maquiar as dife­renças entre os quatro Evangelhos. Parabéns a eles!

Desta forma, existem fascinantes evi­dências auxiliares aos relatos bíblicos, para confirmar a vitória de Cristo sobre a morte e a sua majestosa ressurreição.”

Em CRISTO, que por mim viveu, sofreu, morreu, ressuscitou e VIVE para sempre, um abençoado tempo de Quaresma e uma feliz Páscoa!

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