Mãe na Trindade?   

Sempre que o ser humano editou a Palavra para lhe ser mais conveniente, tristes consequências foram vividas

Aos domingos, antes do culto, gosto de tomar café ouvindo alguns programas cristãos, de diferentes denominações, em uma rádio de nossa região. Programas com aquele formato clássico. Saudação, leitura bíblica, mensagem, música e avisos. Muitas mensagens enriquecedoras, cristocêntricas. Mas, vez por outra, escuto algo que machuca os ouvidos e o coração. Algo que está fora do tom, desafinado do ensino das Escrituras. Falo da invocação do nome de Deus da seguinte forma: “Em nome do Deus que é Pai, mãe, Filho e Espírito Santo”.

Não dá para negar que o gole de café desce quadrado. Como assim?! Está certo que as Escrituras falam em Isaías 66.13: “Tal como a mãe consola o filho, eu também consolarei vocês”. Mas isso é algo comparativo, para termos uma ideia de como o Senhor Deus é rico em consolar os que o buscam.

Colocar o termo “mãe” dentro do nome da Santíssima Trindade é dar um passo além do que podemos. Se assim fosse correto, será que Jesus não teria acrescentado quando ele mesmo nos apresentou a fórmula da Trindade em Mateus 28.19? Lá está escrito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. E a bênção apostólica trinitária, registrada em 2Coríntios 13.13? Lá está escrito assim: “Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês!”. A igreja cristã cresceu sob a bênção desta fórmula trinitária. E, ainda, debruçando-se sobre todo o estudo complexo e profundo dos pais da igreja para formular os credos (Apostólico, Niceno e Atanasiano), não vemos esforço algum para acrescentar “mãe” à fórmula da Trindade.

Bem, não sei se tudo isso provém de uma luta social que envolve gêneros. Ou se é uma tentativa de agradar a gregos e troianos. Ou, ainda, se é uma tentativa de colocar a mãe de Jesus, Maria, como uma divindade – esta semana li um artigo que até propunha trocar Trindade por Quaternidade Santa!  O que a história testemunha é de que sempre que o ser humano editou a Palavra para lhe ser mais conveniente, tristes consequências foram vividas.

Mães, toda essa reflexão não tira do mais alto da prateleira sua nobre função. Mães são parceiras de Deus na criação. Carregam por nove meses aquele pequeno ser que Deus está formando para a vida, para a eternidade! Vocês, mães, são tão nobres que nós, pais, jamais experimentaremos essa sensação. Mães, vocês são mais do que especiais. Mas mexer no nome da Trindade, aí é mexer com aquilo que não se deve mexer.

Então, fica a dica: em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Este é nosso Deus Triúno. Tão claro como Jesus e toda a Escritura nos ensinam. 

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