Envelhecer é uma bênção

Vale lembrar a doce promessa do SENHOR: “E, quando ficarem velhos, eu serei o mesmo Deus; cuidarei de vocês quando tiverem cabelos brancos. Eu os criei e os carregarei; eu os ajudarei e salvarei”

Em 2018, um cidadão holandês pediu na justiça algo inusitado. Ficar 20 anos mais jovem. Emile Ratelband, o autor do pedido, tinha na ocasião 69 anos. Oficialmente, um idoso. Porém, ele alegava que sua aparência e seu vigor físico eram de alguém muito mais jovem. Além de que, beirando os 70 anos, nenhuma mulher respondia às suas investidas em aplicativos de encontro, como o Tinder. Obviamente que a justiça holandesa negou o pedido. Legalmente, ninguém pode alterar sua data de nascimento e sua idade real.

          Este fato pitoresco serve como um recorte de um pensamento que é senso comum na sociedade. Envelhecer assusta. Claro que ninguém dorme jovem e acorda idoso. Há informações que, depois dos 30 anos, o corpo começa a dar sinais de um envelhecimento lento e progressivo, acentuando-se após os 70 anos. Olhar-se no espelho e ver a ação do tempo pode assustar. Ou não. Depende como vemos a vida. Se o objetivo é arrasar no Tinder, como foi a tentativa do holandês Emile, imagina-se que o envelhecer lhe coloca, digamos assim, fora do mercado. Agora, se o objetivo da vida é desfrutar das bênçãos de Deus e compreender nosso papel na criação do Senhor, aí a conversa muda. Muda a tal ponto de dizer com todas as letras: Que bênção é envelhecer!

          Quem sabe crianças e adolescentes ainda não colocam na balança este fator. Mas creio que a maioria dos adultos, em meia idade, gostaria de envelhecer. Lista na qual me incluo. Basta estarmos atentos à vida e logo perceberemos que muitos não chegaram a envelhecer. Pergunte a alguém que enfrenta uma pesada enfermidade, se ele deseja envelhecer. Chegar à “melhor idade” é uma bênção! Como nos diz o salmo 128: “e que você viva para ver os seus netos”.

          Claro, nem tudo são flores no jardim da vida. Avançar em idade geralmente traz seu peso. Não falo nem das rugas, nem dos cabelos brancos, que não são motivo de vergonha, mas uma “coroa de glória” (Pv 16.31). O corpo sente o peso da experiência. Dores nos joelhos. Nas articulações. A coluna incomoda. Diminuição da massa muscular, dos reflexos, da agilidade e da memória. Aliás, todo o cuidado é pouco. De acordo com o Ministério da Saúde, 70% dos acidentes domésticos envolvem idosos. Destes, 30% acabam falecendo e 40% sofrem lesões, geralmente graves.

          O peso da idade também pode ser sentido no coração. Perdas. Saudades. Solidão. Mesmo que esses espinhos façam parte do jardim de um idoso, é inegável que há lindas flores perfumadas e coloridas. Tão belas, que se sobressaem às dores dos espinhos. Ter alguém ao lado para envelhecer juntos. Ver os filhos abrindo asas e voando para escrever suas próprias histórias. Ser lapidado a ponto de não se encantar mais com as coisas sem valor, mas saber o que realmente vale a pena na vida. Pegar os netos no colo. E, com eles, transformar a casa em um circo, cheio de travessuras e belas histórias, contadas na cadeira de balanço enquanto a deliciosa receita é preparada. Quase uma antessala do céu.

Envelhecer é uma bênção! Especialmente quando se tem a Palavra de Jesus presente nos ouvidos e no coração. Já que neste mês de outubro celebra-se o Dia Internacional do Idoso, no dia 1°, vale lembrar a doce promessa do SENHOR: “E, quando ficarem velhos, eu serei o mesmo Deus; cuidarei de vocês quando tiverem cabelos brancos. Eu os criei e os carregarei; eu os ajudarei e salvarei” (Is 46.4).

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