Precisamos de boas notícias

O horizonte que se aproxima é incerto. Quanto à saúde, nos prevenimos com distanciamento social, máscaras, boa alimentação, banhos de sol para acumular vitamina D e muito álcool gel, água e sabão. Quanto à economia, já vemos demissões, crises e campanhas para cuidar dos que mais vão sofrer neste caos social. E quanto ao nosso Brasil do oito ou oitenta, quase tudo é levado para o ringue político, onde golpes de direita e de esquerda são desferidos, nocauteando qualquer um que se atreva a passar por perto.

Precisamos de boas notícias. E elas existem. Sim, mesmo cercados por uma nuvem de apreensões e incertezas, as boas notícias precisam ser colocadas em um poderoso holofote e, assim, acalentar nosso coração.

Além dos inúmeros casos de pessoas curadas e das que nem sequer desenvolveram sintomas, existem vários experimentos que estão colocando a Covid-19 contra a parede. Aqui no Brasil, enquanto acompanhamos os tratamentos com hidroxicloroquina, observamos com alegria a descoberta de um medicamento já existente no mercado e que tem uma eficácia de 94% contra o novo vírus. Ao redor do mundo existem inúmeras vacinas em estudos, mas chamo a atenção para os ingleses e os alemães, que já avançam para a testagem em humanos de suas vacinas contra o novo coronavírus. Na Austrália, um estudo em laboratório com o Ivermectina, medicamento contra pulgas e piolhos, demonstrou eliminar em 48h o novo vírus que fez o mundo parar. Boas notícias, não é mesmo?

Porém há uma boa notícia em especial que me chamou a atenção. Aqui no Brasil está em fase de teste a utilização do plasma sanguíneo no tratamento contra a Covid-19. O sangue de um paciente já curado é utilizado em um paciente infectado, dando a ele a imunidade que seu organismo não consegue produzir. Este processo chama-se de transferência passiva de imunidade. Sensacional!

Sabe, observando este tratamento com plasma sanguíneo logo me veio à mente outra maravilhosa notícia. É sobre alguém que oferece cura, perdão, restauração e vida sem fim através do seu sangue. No sangue dele há imunidade diante da culpa, castigo e inferno. Ele transfere tudo o que conquistou para aquele que nele crê. Você sabe de quem estou falando, não é mesmo?

Jesus. É ele quem nos dá seu precioso sangue e, assim, nos transfere a salvação conquistada por ele mesmo através de sua morte e ressurreição. Em nós habita o pecado, este é nosso DNA! Mesmo que nunca tenhamos sido presos por um crime hediondo, somos pecadores mesmo assim! Assim nascemos e assim iremos morrer. Em nossas veias escorre um sangue sujo, pecador. O coração bate no ritmo do pecado!E, por isso, precisamos do sangue que vem de fora, da imunidade que foi conquistada na morte e ressurreição do Filho de Deus. Em Jesus, somos perdoados.

Quando Cristo está em nós, há cura, salvação, vida sem fim. Isso é graça de Deus, presente de Deus injetado em nosso coração através do batismo, da Palavra e da santa ceia, onde em, com e sob o pão e o vinho estão verdadeiramente presentes o corpo e o sangue de Jesus.

No meio de tantas notícias boas da medicina e da ciência, eis aí a “boa nova de grande alegria”, como os anjos anunciaram o nascimento de Jesus aos pastores de Belém. “O sangue de Jesus, o seu Filho, nos limpa de todo pecado” (1Jo 1.7). E quando o sangue de Jesus está em nós, uma nova vida começa. Vida que vai além do horizonte que nossos olhos podem enxergar. É vida eterna e é de graça.

Bruno Krüger Serves

Pastor em Candelária, RS

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